NEM TUDO O QUE SE VÊ... É (SÓ PARECE... SER)
Observo o céu noturno da estação outonal
Sou fascinado pelo espaço
Ao que m’encanto n'áquela hora com a imagem d’uma fulgurante estrela
Seria mesmo... [uma estrela]?
E como ela brilhava e se destacava!
Teria alguém em todo o tempo a “visão real” de tudo?
Não, oh! não nos basta somente ter olhos
Faz-se preciso enxergar... c’outros “olhos”
No mundo, a ser nosso exílio, temos [inconscientemente] saudades da pátria
E cada qual [aqui] guarda em seu peito um grito no que [por ela] chama
Almas separadas (ou, melhor se diria) d’ela... afastadas
E tão angustiadas
E em nossa afetiva carência buscamos (ou enxergamos) profetas e heróis
Sim, temos [d’eles] uma necessidade sem tamanho
E quanto mais seguimos pelo tempo, mais “heróis aparecem”
Quando não é um é outro
E os idolatramos (com imensa paixão)
"Paixão cega"
Uma expressão a se dizer muito
E agora eu pergunto:
Bem, e haveria alguma “paixão lúcida”?
Ou o termo “paixão cega” a se tratar d’um “pleonasmo vicioso”?
Ou a palavra “cega” vede a ser um “complemento nominal” de “paixão"?
O Cristo certa vez um dia disse:
“São os olhos a lâmpada do corpo...”
Mas, míopes seguimos caminhando pela vida
E muitas vezes nos enganamos a partir de nossa visão [deformada]
Quantas vezes enxergamos em alguém um herói ou um salvador!?
E o elegemos como... um “deus”
No que assim o fazemos desde nossa infância
A passar pela adolescência
E a s’esticar pela vida adulta
Da imagem qu’esculpimos em nossa mente de tantos:
De nossos pais, do ídolo do esporte ou da música,
do príncipe encantado (que certamente era um sapo),
do líder político (e tão carismático), e por aí vai...
E com quanta intensidade e fervor a eles nos agarramos!
E então, quandofinalmente "despertamos", ao que nossos “olhos”
se abrem, percebemos o nosso engano
E “quebramos a cara”
E nos frustramos
Pergunto-vos agora:
O que é “real” em sua vida?
Quem te convenceu a sê-lo “verdade”?
Já se deu alguma vez que tudo pode ter nascido d’uma
mental construção vindo de ti mesmo?
Ou, por vezes, produzido em função de influências externas
ou mesmo “da moda” d’um devido momento?
E eis que enxergamos o mundo e tudo como uma “existência soberana”
(Praticamente no decorrer da vida inteira)
Sim, como uma veracidade infalível e independente
Quando, na verdade, tudo nasceu... de nossa mente (carente]
E o “ego” [que tudo cria] também se acredita “real”
E com suas fantasias... se sente fortalecido
(para não dizer... que por elas se vicia)
Oh! Quem se despertará de seu sonho antes que a morte o beije
com seus lábios?
Enquanto os olhos da mente míopes estiverem, certamente
durante o caminho se tropeçará... e cairá
Continuo, então, a mirar a bela estrela
Mas, para o meu desapontamento (ou não) não era uma estrela
Ao que, ao mirar pelo meu telescópio e por um “aplicativo de celular”,
pude ver melhor e, assim, comprovar:
Era um planeta
O planeta Vênus
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 17 de maio de 2023
IMAGENS: PROVENIENTES DE UM APLICATIVO EM MEU CELULAR CHAMADO “Stellarium”
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FORMATAÇÃO SEM AS IMAGENS:
NEM TUDO O QUE SE VÊ... É (SÓ PARECE... SER)
Observo o céu noturno da estação outonal
Sou fascinado pelo espaço
Ao que m’encanto n'áquela hora com a imagem d’uma fulgurante estrela
Seria mesmo... [uma estrela]?
E como ela brilhava e se destacava!
Teria alguém em todo o tempo a “visão real” de tudo?
Não, oh! não nos basta somente ter olhos
Faz-se preciso enxergar... c’outros “olhos”
No mundo, a ser nosso exílio, temos [inconscientemente] saudades da pátria
E cada qual [aqui] guarda em seu peito um grito no que [por ela] chama
Almas separadas (ou, melhor se diria) d’ela... afastadas
E tão angustiadas
E em nossa afetiva carência buscamos (ou enxergamos) profetas e heróis
Sim, temos [d’eles] uma necessidade sem tamanho
E quanto mais seguimos pelo tempo, mais “heróis aparecem”
Quando não é um é outro
E os idolatramos (com imensa paixão)
"Paixão cega"
Uma expressão a se dizer muito
E agora eu pergunto:
Bem, e haveria alguma “paixão lúcida”?
Ou o termo “paixão cega” a se tratar d’um “pleonasmo vicioso”?
Ou a palavra “cega” vede a ser um “complemento nominal” de “paixão"?
O Cristo certa vez um dia disse:
“São os olhos a lâmpada do corpo...”
Mas, míopes seguimos caminhando pela vida
E muitas vezes nos enganamos a partir de nossa visão [deformada]
Quantas vezes enxergamos em alguém um herói ou um salvador!?
E o elegemos como... um “deus”
No que assim o fazemos desde nossa infância
A passar pela adolescência
E a s’esticar pela vida adulta
Da imagem qu’esculpimos em nossa mente de tantos:
De nossos pais, do ídolo do esporte ou da música,
do príncipe encantado (que certamente era um sapo),
do líder político (e tão carismático), e por aí vai...
E com quanta intensidade e fervor a eles nos agarramos!
E então, quandofinalmente "despertamos", ao que nossos “olhos”
se abrem, percebemos o nosso engano
E “quebramos a cara”
E nos frustramos
Pergunto-vos agora:
O que é “real” em sua vida?
Quem te convenceu a sê-lo “verdade”?
Já se deu alguma vez que tudo pode ter nascido d’uma
mental construção vindo de ti mesmo?
Ou, por vezes, produzido em função de influências externas
ou mesmo “da moda” d’um devido momento?
E eis que enxergamos o mundo e tudo como uma “existência soberana”
(Praticamente no decorrer da vida inteira)
Sim, como uma veracidade infalível e independente
Quando, na verdade, tudo nasceu... de nossa mente (carente]
E o “ego” [que tudo cria] também se acredita “real”
E com suas fantasias... se sente fortalecido
(para não dizer... que por elas se vicia)
Oh! Quem se despertará de seu sonho antes que a morte o beije
com seus lábios?
Enquanto os olhos da mente míopes estiverem, certamente
durante o caminho se tropeçará... e cairá
Continuo, então, a mirar a bela estrela
Mas, para o meu desapontamento (ou não) não era uma estrela
Ao que, ao mirar pelo meu telescópio e por um “aplicativo de celular”,
pude ver melhor e, assim, comprovar:
Era um planeta
O planeta Vênus
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 17 de maio de 2023