Outono triste
Outono triste
Palavras vãs,
Gestos abandonados,
Corpo com ausencia de alma,
Silêncio, que adormecem os mortos.
Num sonho tão profundo,
Dorme, ela, tão morosa!
Em teus dedos, esconde,
A felicidade eterna,
Que os vivos tanto almejam.
De adeus, em adeus,
Vai desenhando um poema,
Entre as folhas secas do outono,
Que o vento mata, com tuas furias
Pelos mundos.
Vai se- desmanchando em vida,
Como se fosse um papel,
Dentro d'água.