Como pode ser difícil viver numa sociedade em que apenas dois seres existem?

Pois bem, vejamos então a seguir como isso se desencadeia numa simples explicação.

Eu, tu, ele, nós, vós, eles são os pronomes que utilizamos para nos referenciarmos nas inúmeras situações do cotidiano. É a forma com que estabelecemos a diferença entre os seres. O Eu é o Eu, porém o TU também é ELE, assim como ELE também é TU. Já o NÓS inclui o EU, mas o EU não inclui NÓS, o que morfologicamente mostra que o EU continua sendo EU. Quanto ao VÓS e ELES, o processo se desencadeia da seguinte forma. O VÓS e o ELES não exclui o TU, mesmo estando TU entre VÓS e também entre ELES. ELES que também é VÓS tem em sua forma também TU, pois VÓS e ELES são um conjunto de indivíduos que identificamos como TU e também ELE (se TU ou ELE isso vai depender de um ponto de vista). Assim TU ou ELE mesmo estando entre VÓS e ELES ou seja fazendo parte deles não deixam de ser TU e ELE, sua individualidade não muda.

Observa-se que no meio de tudo isso, percebe-se que o EU não muda, enquanto é protagonista de uma relação em que na cena ele é o locutor, em outras palavras aquele que é detentor da fala, emissor da ação, e os outros apenas interlocutores, receptores, interpretadores dos sinais que ele expressa, o que não exclui a individualidade de cada um e nem a percepção do EU em relação a singularidade de cada um deles. O que explica o homem em sua unicidade, sendo possuidor de uma singularidade que denota o que é personalidade e o SER, sendo um ser na multidão.

Então é isso. Só existem o EU e o OUTRO ou um conjunto de OUTROS formado de OUTROS, que se formam na medida em que OUTRO se une OUTRO.

Guimarãessantos
Enviado por Guimarãessantos em 12/05/2023
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