Medo...
Medo...
A vida tem dessas coisas, disse Ritchie na sua canção.
Muitas vezes, adoraria não ter-las, porém, muitas vezes adoro ter. A vida, essa "fifi" limitada a tantas dimensões, ainda perde seu tempo observando-nos, maquinando, e, mudando com o destino, a rota, que, pensamos seguir...
Nessas maquinações, maquiavelicamente elaboradas, e, com aquele gosto de veneno escorrendo no canto dos lábios, traça na desordem de tantas almas, suas trilhas, causando uma ordem nesses hemisfério chamado descrer.
Em suas observações, seu olhar, mirou minhas letras, percebeu na simplicidade do vocábulo, a complexidade no pensar.
No outro espaço de tempo, seus olhos fitavam aquela alma tristonha pelos desafetos do amor, mas, sorria, viajava, lecionava, contudo, a sua alma aspirava um complexo sentir com uma simplicidade nas letras.
Então,...
... Forjou um Recanto, onde palavras eram soltas ao vento, poemas, eram cantados em curtos versos, sentir, muitas vezes eram trocados por sentimentos.
Ela, escrevia, viajava por tantas trilhas, algumas vezes se perdia, noutra se achava, e, quase sempre buscava...
Ele, viajava, escrevia, por tantas veredas sem trilhas, varias vezes se encontrava, noutra buscava, e, quase sempre se perdia...
Então,...
Nas idas, nas voltas, nas perdas, no achar, se olharam, sem mesmo se ver, conversaram sem mesmo estar, amaram-se sem mesmo jurar amor.
O medo do desconhecido, trás conhecimentos tão certos, quanto o erro de sonhar...
O medo de saber, torna inviável ignorar tais desejos.
Os desejos, tornam inviável avançar.
O avanço trás o medo de vivenciar...
A vida tem destas coisas...
Fundir dois universos diferentes, cria um buraco negro, absorvendo do todo... O medo de nada.
Texto: Medo...
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 08/05/2023 às 18:43