Universo... (O Mundo que Vivo.)

Universo...

(O Mundo que Vivo.)

Do mundo, em, que vivo,

sou nada mais que, uma criança chorando de fome,

nos casebres, palafitas ou alagados,

aquele que fica no chão, jogado pela força daquele carro em sua direção.

Do mundo, em, que vivo,

sou as lágrimas das mães, ao perderem seus filhos,

sob a mira dos policias, que, usam da força, a farda do poder,

quê, ficam impunes pelas leis, e, suas patentes,

acolhidos nos braços, des tantos outros do alto escalão.

No mundo em que vivo,

as chuvas, cobrem as tardes sem teto,

Dos que vivem nas ruas, a procura de abrigos,

uma mão, pede ajuda,

e, um sorriso, brota nos lábios dos algozes.

No mundo em que vivo,

sonhos são desfeitos, no olhar daqueles seres,

por terem ousado amar, jogaram-se ao desalento, embriaguez.

no suicídio, que, a janela com vista digna de quadro, propõe,

fazendo da beleza, um amargo doce de viver.

No mundo em que vivo,

o destino dos homens, que, aventuram-se nas estradas, do mundo,

buscando sua forma mulher de sentir,

são impossibilitados de cruzar mares,

para deixar nascer, uma nova vida dentro do seu universo.

Do mundo, em, que vivo,

sou a maconha, fuga dos inumeros problemas constantes,

a coca, que, cheirada torna-se amiga inseparável,

ou, a injetada de uma nova experiência,

por ter-me tornado, mais, dependente no caminhar dos dias,

Crack, é a solução barata, numa seleção de drogados em busca de paz.

Do mundo, em, que vivo,

sou o desenho nas telas da vida,

representando, o que, de mais "belo" existe,

mostra o olhar expressivo de um pintor, de medos e sussurros.

Dos becos imundos, o estrupo, é senhor absoluto.

Do mundo, em, que vivo,

as favelas, é a repressão fiel dos sehores do trafico,

batendo com os pés, na porta, retirando a vida de quem, inocentemente dorme,

são pais, avós, irmãos, pagando o preço da ovelha negra,

e, ainda dizem:

"É a justiça de Deus."

Sobre um reino de sombras, e,seus demônios.

Do mundo, em, que vivo,

sou a fé, que, leva o homem à sua total insanidade,

gerando fortuna em prol da ignorância humana,

passagem até a salvação, entre milhões, que, carregam o pecado,

sou, o original de uma copia bem sucedida, falsificado torna-se legítimo,

em seus delírios, clamam, oram, em teu nome,

pensando chamar...

O Senhor todo poderoso.

Do mundo, em, que vivo,

enfim, sou o tudo, que, te rodeia,

o abraço afetivo do que você chama de vida,

se você sabe, o significado real dessa palavra,

Diga-me sem pudor, sem voltas,

mas, cuidado, suas palavras serão a sua sentença, seus atos, sua punição.

Cada vez, que, for dita sem a certeza, de estar falando a verdade,

espere um pouco... Você a detem?

Antes de julgar, olhe para trás,

somos tão pecadores, quanto aqueles à nossa frente,

pedras, pela lei de Newton, foram feitas para ser deixada no chão,

não, para serem jogadas em telhados alheios,

quando, os nossos, são de vidro...

Texto: Universo...

(O Mundo que Vivo.)

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 09/06/1995

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 07/05/2023
Reeditado em 07/05/2023
Código do texto: T7782352
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