PENSANDO

Distante, muito distante

Dos palácios das mordomias

Na sobra da inexistência

Ela come rapadura com farinha.

Desperta antes do sol nascer

Dorme antes de a lua chegar

A batalha pela sobrevivência

Parece nunca acabar.

Por onde andam

Aqueles que governam

Com certeza não andam de jerico

Só andam de aviões

Nas águas do mar

Nas suas lanchas modernas

Passeiam de motocicletas

Riem da miséria.

A vida no campo do meu sertão

É a faísca que ainda nos resta.

papagua
Enviado por papagua em 29/04/2023
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