O tudo do nada

Se eu pudesse voar até lá.

No azul etéreo,

Por entre o vão das nuvens,

Lá, onde a paz me aguarda,

Onde o silêncio se faz música,

Onde tudo se cala,

Tudo se apaga,

Nada.

Nada importa,

O que visto, tenho ou levo.

Apenas meu ser,

No olhar que elevo,

Na certeza do bem,

Que entreguei a outrem.

Nesta saga de medo, pressão e angústia.

Ahhh!

Quando lá, estar.

Sem cobrar, esperar, desejar.

Que regozijo vou sentir,

Livre da carne, e seus apelos.

Quero sentir pela primeira vez,

Como é, nada sentir.