Alma Clarissiana...
Tenho alma de Clarice,
sinto tudo intensamente,
mas não sei explicar o que sinto,
apenas leio bem as reticências.
Meus pensamentos são como
um mar revolto,
não consigo controlá-los,
eles vêm e vão,
como ondas quebrando na praia.
Sinto-me fora do mundo,
excluída, estranha,
mas ao mesmo tempo
conectada com tudo.
Talvez eu seja louca,
talvez eu seja genial,
mas sei que minha alma
é livre como um pássaro no ar.
E assim, como Clarice,
eu também escrevo sobre a vida,
sobre os medos e as incertezas,
sobre o amor e suas nuances.
Não gosto de vírgulas e pontos finais,
prefiro deixar a reticência no ar,
porque a vida é assim,
cheia de possibilidades e mistérios,
que não cabem em palavras tão concretas.
Su Dutra