O pássaro e a pedra
Quando uma ave deglute minérios de natureza rochosa, o faz mediante o conhecimento tácito de sua abertura retal. Isto é, a práxis ontológica, mediada pela análise que o indivíduo faz de si mesmo, leva a uma práxis epistemológica que conduz uma ação volitiva da qual o sujeito analisa a realidade e toma uma ação com base em consequências premeditadas. Ou seja, o conhecimento da pedra está em relação dialética com o conhecimento que o sujeito faz de si, que triangula com o conhecimento que ele tem do próprio reto - sua anatomia e sua função. Essa ação contrasta com a outra que toma o nariz de porcos, ou animais afins, com as tomadas domésticas. Enquanto esta denota alienação, pois ignora a natureza quer do focinho de porco, quer da tomada, aquela é uma ação consciente. Ou seja, como diria Paulo Freire, o sujeito autônomo media o mundo pelo conhecimento que tem dele.