Ca(lei)dosc(ópio)

E no badalar do sino, na Catedral do tempo, os mais atentos não se lançarão ao precipício, nem nas imensas fornalhas criadas para dizimar os que excedem limites impostos, os que "passaram do ponto".

Resolutos, terão feito suas lições à contragosto de qualquer tipo de manipulação, sem esperar afeição ou validação.

No vale dos lunáticos, muitos estarão caídos ao chão: ora dormindo serenos, embalados por seus entorpecentes, ora curvando-se a seus senhores em sinal de sub(missão). Ali, açoitam dia e noite suas ideias e ideais, num bombardeio de desinformação; e serão alimentados goela abaixo, pelo pão que os mais ousados não comem, porque não sacia as suas fomes, cheias de nome.

Quem virá os salvar?... as algemas são meros adereços projetados como forma de inclusão..."amigáveis " e invisíveis.

Tal condição voluntária, não lhes dão aval para pensar, sequer racionalizar... a bel prazer dos seus manipula(dores), que golpeam suas dores e usam em benefício próprio.

Na contramão, porém não à deriva, estão os "loucos", os que rasgaram suas vestes e camisas de força, com a força de pensamentos tão voláteis que abrem as celas de qualquer prisão.

As chaves para estes, por sua vez, são invisíveis, inoxidáveis e incorruptíveis, é aquela virada de chave que lança por terra qualquer entrave.

Não se dão por vencidos, afinal, não perderam o juízo?

E rasgando qualquer norma e regras, correm a perder de vista, dos contrarregras... pois já demarcaram seu próprio território, pavimentado pelo ir e vir.

Irão à caça destes... custe o que custar... canse a quem cansar... conquanto banidos da sociedade não serão facilmente rastreados.

De que lado se está?... é pergunta que não quer calar e pode sim, elucidar.

No meta-verso, muitos desejam estar, desconhecem seu re-verso.