O Punhal da Paixão.

O Punhal da Paixão.

Houve um tempo...

Em que um olhar, eram paisagens a serem desbravadas.

Em quê um sorriso, era a estrada para campos de multi flores.

Em quê lábios, eram mares a serem navegados.

Em quê o corpo, era guardiã de segredos e mistérios além da compreensão terrena.

Hoje,

Temos paisagens, mas, sem o brilhos dos olhos...

Temos jardins, mas, sem flores a enfeitar...

Temos mares, mas, sem uma Nau a singrar, tornando-se deserto...

Temos conhecimentos vazios, onde o corpo é apenas um livro aberto sem mistérios, nem segredos, pois, foram profanados por mentes infantis...

Sinto saudade...

Quando a indumentária mexia com as nossas mentes, criando, sonhando, desejando descobrir o que estava coberto...

Quando perante o espelho, formulavamos investidas perfeitas com palavras rebuscadas, para parecer ter vocábulo digno daquela senhorita...

Quando a Rosa era o totem da paixão, os bilhetes eram o marco definitivo do amor, e, que, ao pegar nas mãos, vidas eram seladas pelo próprio Eros...

Sinto falta...

Mas, contento-me em escrever o que a alma anseia, o que os toques seriam capazes de entregar, onde aquele olhar de longe a procura dos seus, permitiam criar coragem para corteja-la...

Na falta desses momentos.

Tenho medo, que, infeccione meu mundo literal, e, assim, meu coração se torne árido.

Nota:

Se ainda houver uma dama que acredite nesta beleza, meu coração esta ávido a receber o punhal da paixão...

Texto: O Punhal da Paixão.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 24/04/2023 às 07:11

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 25/04/2023
Código do texto: T7772506
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