A Civilização dos Bits
Todos sabíamos sem nem mesmo saber
Que, como poeira, iríamos evanescer
Era tão simples viver antes da revelação
Agora tudo é tão palpável... finito e doloroso
Voávamos como os anjos
Mesmo sem asas, mesmo sem sair do lugar
Respirávamos o vento dourado do paraíso
Até que a noite chegou, até que precisamos entender
O frio nos abraçou com um carinho de morte
Entrelaçados nos erros, comprometemos os sonhos
As luzes do ontem são agora o refúgio dos homens
Nada a frente, a não ser a bestialidade de suas quimeras
Alguns sons polifonicamente angustiantes
Nos lembram como é sorrir, dançar e viver
Mas nossa fé algorítmica não estabelece conexão
É tarde demais para os novos bits de nossos corações