O Amor Jaz.

Debruçado, sobre a velha raiz da antiga Cajazeira, o homem lembra...

Sobre uma noite alva de luar avido, de um amor morto, sem sepultura, que, insepultava palavras, naquele momento, teria sido melhor nunca ter dito...

Uma lágrima cai...

Sepultado em pensamentos, o homem, balbucia um nome, que, em seu sepulto ecoa eternamente...

O sepultante vê-se frente ao espelho do destino, sob a campa uma flor desabrocha no camucim ornado de galhos mortos...

Ele quererá inumar o que havia enterrado, tocar o rosto moreno de outrora, mas, no lugar daquele rosto vivo, um cenotáfio se eleva...

E, outra lágrima pousa sobre a íris.

Sem forças para se levantar, jaz prostrado na velha raiz, onde o amor viveu, e, com o tempo... Findou.

Texto: O Amor Jaz.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 22/04/2023 às 15:37