Das Tantas...

Das Tantas...

Das coisas que desejo... É desejar!

Das vezes que quis viver... Era vivenciar!

Por tantos amores ofertados... Eu só queria doar!

Quando nos deixamos vazios?

Em que época entre o sonhar e o realizar, tornou-se penoso?

Eu vi o tempo passar,

fechei os olhos para não sentir o vento,

vi as paisagens, mas, sem contemplar...

Das dores que sentir... Qual ferida me cicatrizou?

Das lágrimas derramadas... Qual me afundou?

Dos toques virtuosos... Qual deles foi tão imperfeito?

Lembro-me de tantos olhos,

das suas íris formando arco-íris,

onde, no final, o velho pote de ouro,

era uma lata enferrujada sem nada a acrescentar...

Por ter sido exato... Em que momento tornou-se impróprio?

Por ter tido tanto encanto... Sobre qual feitiço desencantou?

As vitrines da vida de outrora, hoje, sem espelhos a refletir, à não ser por um estilhaço desenhando a deficiência do hoje, projeta no âmago deste escritor, a falta de tais amores, o vazio, das vastas conversas noite a dentro, e, o silêncio, onde havia tantos temas a ser discutidos... Frutos de ser PcD.

Das tantas coisas que me faz falta... Falta um sorriso qualquer!

Texto: Das Tantas...

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 21/04/2023 às 21:00

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 22/04/2023
Código do texto: T7769840
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