As Pessoas são Prisioneiras.

Por que nos prendemos tanto, por tão pouco?

Não desejamos liberdade?

Então,...

Por que tantas grades?

Procuramos a todo instante uma forna de nos aprisionarmos, seja no setor profissional, no pessoal, e, não menos importante... O sentimental!

Essas grades cujo delito a ser cumprido, nada mais é do que nossos próprios erros, desejos, ego...

E, pensamos estar vivendo uma realidade divina, uma crença cultivada pelos tantos senhores desse engenho, ou, por um senhor maior, adestrando-nos por longas linhas escritas.

Na formulação de caráter interpessoal, estamos pessoalmente sendo levado por tantas mídias, tantas pessoas do nosso meio, meio esse que lutamos para estar e, pra que?

Hoje, estou tão preso quanto pensava não estar no momento só, porém, outrora eu sorria mais, brincava mais, sem mais eu ia e vinha conforme o vento sobre as velas da solitária nau.

Nesta nova pagina da minha infértil vida, sou proibido escrever, pois, incomoda pessoas com a mente voltada a deus sabe o quê.

Se desenho!

- Por que fazer rabiscos sem nenhum traçado perfeito.

Se canto!

- Você não disse que é Roqueiro só vejo cantando Bossa.

Se durmo cedo!

- Você não me da atenção.

Mas, se dou!

- Você não presta atenção no que falo.

Se vou conversar!

- O meu filho é um gênio, o coitado só anda cansado, tem que acordar (olhe vocês) quatro da madruga. (O mesmo horário que o meu.)

São tantos lamentos, que, lamento não partir, preso a uma merda de situação financeira, por não conseguir me despregar dos tantos cartões, a tantos desejos fúteis, então, me ponho num cárcere contendo nas mãos a chave... A saída.

Agora, escrevendo sob olhares raivosos, que, esta dizendo em silêncio:

- Pelo meu gosto, você não seria nada.

É, meus conhecidos...

Pensem nos tantos cadeados ao qual nos ofertamos, pensem sobre algumas celas, pois, algumas tem alguns metros quadrados a mais que outras, mas, não deixam de sê-la.

Somos todos prisioneiros...

O que difere a penitenciária, é, quem no momento dirige.

Obs: Escrevendo esse texto, ouço Djavan, contudo, aqui neste prédio, das leis em que sou proibido, cantar é um deles... Perdoe-me!

Texto: As Pessoas são Prisioneiras.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 20/04/2023 às 19:19