Liberação de Drogas: Sim ou Não?

Após assistir a um vídeo comentado por Daniel Alvarenga (que assisti no Facebook, mas que certamente está disponível no YouTube), onde um médico, juntamente com Fábio Porchat e outros senhores conversam sobre a liberação das drogas, fiz uma breve reflexão sobre este assunto tão complexo.

O médico defende que as drogas sejam liberadas para pagamento de impostos... Ele diz que "embora o álcool faça mal, poucas são as pessoas que se tornam viciadas em seu consumo". Ele acredita, portanto, que a liberação das drogas não fará aumentar o número de viciados, pois, pela sua lógica, nem todos os consumidores se tornarão viciados.

De minha parte... Digo... na minha humilde opinião, eu creio que as políticas de conscientização feitas até aqui não foram suficientes porque acredito que foram deixadas de lado pelas escolas. E bem sabemos que muitos filmes estimulam o uso destas substâncias, principalmente a maconha. Então, de um lado temos a tv, que não auxilia muitas vezes nesta tomada de decisão, por não fornecer informações suficientes, e de outro lado temos o papel orientador dos pais e também das escolas, que, na minha época de primeiro e segundo graus, ensinavam sobre fungos, plantas, Leptospirose, Hidatidose e Toxoplasmose...

O que se ensina hoje nas casas e escolas?

Sobre o que estão falando?

Existe uma comunicação de qualidade?

Existe a conversa sobre o jogo de futebol, novelas, filmes e séries de tv?

Existem conversas que geram frustração e nervosismo, mas que não levam a algum aprendizado?

Ou são conversas que poderiam ser uma ferramenta para a formação de um processo produtivo na educação da sociedade?

Quais são as conversas mais importantes?

Aquelas que apenas estimulam nossa revolta, sem nada acrescentar de bom ao nosso dia?

Ou aquelas que nos ajudarão a ter melhores escolhas e atitudes?

De fato, conversar sobre futilidades é também importante! Isso nos faz perceber certa ligação de afinidade com as pessoas com as quais falamos. Falar sobre o tempo, sobre o almoço, contar alguma história engraçada ou falar sobre outros acontecimentos simples, mas que pode nos trazer momentos de paz e entusiasmo por estarmos nos comunicando com alguém...

Bem sabemos que os jogos de futebol são assuntos polêmicos para algumas pessoas... E dramas de novelas, filmes ou séries também podem ter sua carga de emoções negativas... Mas as pessoas consumam falar sobre isso... Afinal, se temos voz é para que possamos falar, ainda que muitas vezes isto seja "tão difícil quanto pisar em ovos"...

A habilidade do bem ouvir é tão importante quanto a do bem falar.

Mas, infelizmente, a falta de uma comunicação sobre certos assuntos nas próprias casas das pessoas, principalmente dos jovens estudantes, não faz ir adiante o conhecimento sobre certos perigos que existem pelo mundo.

São conversas que deveriam ser compartilhadas por todos que têm interesse na construção de um futuro melhor, com pessoas melhores.

Mas, o que vemos, com tristeza, em pleno ano de 2023, é que muitos jovens estão recém iniciando em vícios como este, ou de cigarros e bebidas...

Falar sobre este tema é tão importante quanto falar da educação sobre o descarte do lixo, proteção aos animais, educação financeira e de trânsito, entre tantos outros...

Mas tornou-se tão polêmico quanto falar de religião... Pois há pais estranhos que estimulam coisas estranhas, incluindo até mesmo o mau trato de animais ou de outras pessoas, como as práticas de bullying e tantos tipos de assédios.

O fato é que uma sociedade melhor e mais saudável se forma a partir de uma educação de qualidade.

Porém, parece que virou moda simplesmente distribuir diplomas por aí e achar que está tudo bem que exista uma grande quantidade de diplomas, ainda que não se preze pela qualidade de ensino/educação, pois não tem como ter um diploma de médico e achar que está tudo bem a pessoa beber pouca água e se drogar. Não faz sentido!

Recordemos: "A educação moral só virá após a intelectual".

Minha reflexão vai chegando ao fim com mais perguntas:

Para onde estamos caminhando?

Quantos remédios lícitos (drogas lícitas) e até mesmo alguns alimentos já fizeram mal para nós ou para alguma pessoa conhecida da gente?

Por que acham que liberar as drogas trará benefícios se o seu uso para medicamentos já é liberado? Vou colocar a morfina como exemplo, que pode causar alucinação como efeito colateral, mas há outros.

Mas, aparentemente, está tudo certo para a inversão de valores pretendida por alguns... Uns pela falta de informação, outros pelas más intenções, outros pelos benefícios que acreditam que terão com uma maior arrecadação de impostos...

Enfim, são as razões de cada um...

E como diz uma frase antiga dos tempos da escola: "Em cada cabeça, uma sentença".

Claudia RS
Enviado por Claudia RS em 19/04/2023
Código do texto: T7767630
Classificação de conteúdo: seguro