Falta!
Falta!
A madrugada me conta histórias de um tempo vivido, ávido por lembranças de outrora...
Nessas madrugadas, lendas tornam-se fatos...
Fatos! Contos a beira da cama, sugerindo um amor, calor, dor...
Então, eis que chega os primeiros raios da manhã, ela batiza o meu despertar, já, acordado com pensamentos rupestres...
... Eu choro!
As lágrimas teimam em cair no chão deste quarto, solo estéril, onde num momento antes, crescia com tamanha força, exuberante jardim...
... Quem de nós matou a semente?
As horas vão passando incrédula, infiel, bruta sem conhecer o real significado da palavra piedade, mas, em respeito ao meu silêncio, machuca-me com leveza...
Levanto, esta na hora de enfrentar o espelho.
No reflexo adquirido frente a este, com o olhar vermelho, tristeza nítida na face, tento me convencer da decisão mútua...
... Caio mentalmente ao chão!
Cada comodo, canto, aquela mesa, palco de tantas conversas triviais, brigas por crença diferentes, risos por tantas bobagens adquirida no dia-a-dia, e, mais uma vez choro...
... Por quê!
A vida esta ladrona eficaz, roubou inúmeros trechos do que seria vida a dois, com insensatez uniu-se a morte para castigar-me, apagando o brilho de um amor incondicional, cúmplice dos tantos momentos, poético por assim dizer...
... Sinto sua falta!
Texto: Falta!
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 19/04/2023 às 06:05