Coletivismo Individualista
A sociedade perde seu tempo discutindo quem é mais importante: o indivíduo ou o coletivo. A humanidade percebe a realidade como binaria, onde superposições são figuras imaginarias que autores de ficção cientifica usam para efeito dramático em suas novelas. Não há binários na natureza. Não há escalas, a vida é uma projeção de espectros. Quando o calor vira frio? É apenas temperatura. Quando o amor vira ódio? É apenas consideração pessoal.
Em sua eterna busca por se tornar Deus, o ser humano se tornou máquina. Processando dados com cálculos vazios, trazendo resultados imediatos e frios, respostas vazias que pouco tem de humanas. Tudo pra provar que sua existência é superior. Tudo para provar que o universo gira em torno de nossa espécie. O ser humano criou Deus para que Deus o criasse. Depois o matou, para provar sua posição dominante.
Autótrofos unicelulares, talvez o mais próximo de um indivíduo solitário e independente, ainda são formados por incontáveis partículas. E cada indivíduo, cada existência, cada menor partícula, é apenas uma parte do Todo, um coletivo único de indivíduos. Somos coletivos e individuais ao mesmo tempo, e como tal, prender-nos a um extremo apenas nos levaria a ignorar uma das perspectivas da existência.
O medo de superposições é o medo de tomar decisões próprias, de decidir sua própria moral e seu próprio destino.