ENSINAM-ME A AMAR?
Ao examinar a linha do tempo é fácil saber que o amor e o ódio estão na mesma prateleira. Mas, o amor não se alimenta do ódio?. Não necessariamente. E mesmo que o amor represente a ressurreição e o ódio a destruição, eles não são opostos. O amor e o ódio têm a mesma sagacidade que a vida e a morte. Há quem diga que o amor vence o medo/ódio da morte, porém não se relacionam em sí... Nunca se encontram. Um vem após o outro numa construção de fatores externos e internos, divisados por uma ordem aleatória de sentidos. Entendo que o amor e o ódio podem ser tratados fisiologicamente, psicologicamente, socialmente ou como uma abstração que se "materializa" no consciente ou inconsciente do nosso ser de sujeito... O que não posso compreender é serem ditados, de forma enganadora em livros de auto-ajuda ou palestras motivacionais. E, questiono, veementemente, se se ensina a amar... Visto que odiar seria também passivo de se aprender na mesma lição, pois mesmo sendo tão complexo quanto, é mais desafiador e menos constrangedor.
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Ao examinar a linha do tempo, torna-se evidente que amor e ódio coexistem, lado a lado, na mesma prateleira. Mas será que o amor realmente se alimenta do ódio? Não necessariamente. Embora o amor possa simbolizar a ressurreição e o ódio, a destruição, eles não são opostos absolutos. Na verdade, amor e ódio têm uma relação tão sagaz quanto a vida e a morte.
Há quem diga que o amor vence o medo ou o ódio da morte. No entanto, essas emoções não se relacionam diretamente. Amor e ódio nunca se encontram no mesmo ponto. Eles emergem um após o outro, numa sequência que depende de fatores internos e externos, mediados por uma ordem aleatória de sentidos.
O que me intriga é como tratamos o amor e o ódio: podem ser explorados sob uma ótica fisiológica, psicológica, social ou como abstrações que se "materializam" no consciente e inconsciente de cada sujeito. No entanto, o que não consigo aceitar é que esses sentimentos sejam ditados, de forma enganosa, por livros de autoajuda ou palestras motivacionais. Será que se pode, de fato, ensinar a amar?
Questiono veementemente essa ideia. Se amar pode ser ensinado, odiar também seria passível de aprendizado. E, paradoxalmente, o ódio, sendo tão complexo quanto o amor, parece ser ainda mais desafiador de compreender, talvez por ser menos constrangedor de admitir.