Segue o barco para novos mares
Quando a vida te tira a rede de apoio que você na sua ingenuidade achava que te protegeria e você é obrigada a morrer e ressurgir.
Dói demais, você se revolta, se magoa, mas aí percebe que ela fez o justo e assertivo papel daquela mãe de passarinhos que estão aprendendo a voar: te impulsiona a bater asas mesmo tremendo de medo, mesmo dando passos atrás.
Eu, esses dias me senti assim, estava esgotada física e emocionalmente e continuei, continuei e aí não consegui mais. Como minha avó dizia, tá com fraqueza minha filha! Não era só a fraqueza física, mas a fraqueza de seguir diante de uma encruzilhada.
Eu amo atender com as terapias integrativas, mas minha alma gritava pela escrita, em ir ao encontro do outro como um colo. No espaço em que eu estava vivenciei a paciência, o entendimento, o acolhimento, a oportunidade de nutrir e ser nutrida. Foi um exercício de muito amor e aprendizado, o de me permitir ser cuidada e cuidar .
Nessa troca de ouvir e aprender, desconstruir e crescer, ser moldada e podada para ficar mais forte. Não pude resistir e pulei nesse abismo desconhecido que a vida me ofertava.
E tive inúmeros respaldos de que estou no caminho e devo continuar caminhando.
Então roda da vida, rode e me leve a lugares e pessoas que eu precise encontrar para crescer e desabrochar, cuidar e curar.
Gratidão ao ciclo que se fecha , gratidão ao ciclo que se abre.