Amanheceres e anoiteceres

Entre amanheceres e anoiteceres, eterna visita em meio a lugares que não parece pertencer, perdido na canção do silêncio contida na ausência de som, alguém nunca favorito a nada caminhando no sonhar entre instantes e momentos que persiste a procurar, mas que insistem a desaparecer ao despertar, como se fossem algo a não se conseguir encontrar. Tolo sonhador, a caminhar em meio ao silencioso cair da chuva, enxergando a rosa em dentro da armadura de espinhos, se cortando por sonhar alcançá-la. Coração a se fragmentar a navegar no mar sem água, a se afogar nos estilhaços de seu coração a refletir o não reflexo.