Nem L nem Arminha

Passados quase três meses da assunção do presidente eleito (pela terceira vez) e daquela enxurrada ideológica (entendedores entenderão o que se oculta nas entrelinhas, talquei, companheiros e companheiras?), eu não vejo mais ninguém fazendo "L" nem "Arminha" com a mão. Mas o que realmente me deixa preocupado é o sinal puramente ideológico (Ideologias contrastam com Teorias*, a ponto de quase serem elementos opostos), que se limita a insistir no velho, datado e inútil embate "Direita x Esquerda" e vice-versa. "Mas WV, o que Você tenciona dizer com essa publicação?" Vamos lá, então, né? Enquanto uns faziam o tal do "L" e outros a "Arminha", eu creio que, longe da grande e famigerada mídia, algumas pessoas, realmente preocupadas com seu próximo, lhe estendiam as mãos, demonstrando solidariedade. Isso sim um gesto Para Além do Bem e do Mal, pois feito numa espécie (desinteressada, eu espero) de Amor, tal como propunha Nietzsche em seu livro homônimo. A seguir eu "vomito" mais um pouco (estava demorando para eu fazê-lo, não?) um daqueles meus discursos que desagradam grande parte do público do tipo "gado" (e reitero: "gado tem dos dois lados" – esquerda e direita).

Não estamos sob as mãos de Deus. Mas sim sob os desígnios dos políticos. Eu resido em Poá (SP) e posso atestar que a falta de sensatez (somada à desfaçatez), a desonestidade e a cara de pau de tirar direitos dos servidores públicos (a manobra política dos envolvidos – quem vive aqui sabe o que são esses parasitas – impede mesmo o Ministério Público de fazer qualquer coisa contra!) marcam, de modo notório, a falta de gestão municipal. As enchentes que aqui ocorrem não prejudicam tanto quanto a falta de um governo decente, autêntico e sensato. (Nas próximas eleições eu devo anular meu voto!)

NOTA

Atribui-se a um anarquista desconhecido o seguinte pensamento: "Teoria significa que Você tem ideias. Ideologia, que as ideias têm Você." Essa máxima é um aforismo e, como tal, evidente per se.