SOBRE O VÉU DE MOISÉS

A regência do Universo se processa pela Aliança Tríplice, Indissolúvel e Eterna entre a Energia Centrípeta, (o Pai) que exerce a poderosa atração convergente que envolve o Universo inteiro; a Energia Centrífuga, (o Filho) que executa a expansão obliqua e divergente, e expõe todas as manifestações; e a Energia Rotativa, (o Espírito Santo) que é envolvente, e que harmoniza a atração com a expansão, e ainda configura todos os corpos celestes. A Eterna Aliança se consolida pela sincronia da Antítese no Não Fundamento, que se mantém oculto nas insondáveis profundezas; da Tese no Fundamento, que expõe todas as manifestações; e da Síntese, que circunscreve, fixa e configura todas as manifestações, (corpos celestes) imprimindo-lhes formações arredondadas.

Estabelecendo a semelhança com a Trindade, nos seres humanos temos no Cérebro a força do comando, no Coração a força da execução, e nos Pulmões a força do alento, que em conjunto sustentam a vida.

A racionalidade foi instalada nos seres humanos, e a sua evolução no tempo, possibilita a obtenção dos conhecimentos racionais, com os quais executam a administração do planeta e satisfazem todas as suas necessidades. Nessa jornada evolutiva dos seres humanos, uma terça parte alcançará, pela Graça, a transcendência da razão e desenvolverá a sua espiritualidade, quando o véu de Moisés é retirado e torna-se possível fixar os olhos no restante da glória que não se dissipa, pois ocorre a inclusão na Segunda Aliança, onde Cristo se expressa pelo Ministério do Espírito Santo.

Se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fixar os olhos no rosto de Moisés, por causa do seu brilho, que estava se dissipando, como não será de maior glória o ministério do Espírito? E não somos como Moisés, que colocava um véu sobre o rosto, para que os israelitas não fixassem os olhos no restante da glória que se dissipava. Mas a mente deles tornou-se insensível. Pois até hoje, quando ouvem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece e não lhes é retirado, pois somente em Cristo ele é removido. Sim, até hoje, sempre que Moisés é lido, há um véu sobre o coração deles. (2 Coríntios 3:7,8,13,14,15)

A Primeira Aliança foi estabelecida com base no Decálogo de Moisés, como uma orientação para a humanidade, adequada ao seu estágio evolutivo, e colocado ao alcance da racionalidade. A Segunda Aliança transcende a razão e alcança a plenitude da espiritualidade, executada por Cristo mediante a atuação do Espírito Santo que habita no tabernáculo humano.

Não sabeis que sois santuário de Deus e que o seu Espírito habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, este o destruirá, pois o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado. (1 Coríntios 3:16,17)

Mas agora, fomos libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos, para servirmos na novidade do Espírito, e não na velhice da letra. (Romanos 7:6)

Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. (Romanos 8:2)

Admitido na Segunda Aliança. o agraciado, conforme o dom conferido, começa a receber conhecimentos espirituais, os quais devem ser colocados à disposição de eventuais interessados, para que ocorra a frutificação na videira de Jesus Cristo.

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que está em mim e não dá fruto, ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto. (João 15:1,2,3)

Ultrapassando os limites da racionalidade, os nascidos de novo ingressam nas profundezas da espiritualidade, e passam a receber ensinamentos de Cristo, através do Espírito Santo, mediante intermitentes insights espirituais.

E se alguém deseja a profundidade da ciência, ela é a que sabe o passado e que julga do futuro; conhece a sutileza dos discursos e as soluções dos argumentos: sabe os sinais e os prodígios antes que eles apareçam, e o que tem de acontecer no decurso dos tempos e dos séculos. (Sabedoria 8:8)

E eu te darei documentos de equidade, e manifestar-te-ei os arcanos da sabedoria; e está atento às minhas palavras em teu coração, e já daqui te digo com retidão de espírito as virtudes que desde o princípio tem Deus feito reluzir nas suas obras, e te declaro em verdade a sua ciência. (Eclesiástico 16:25)

E quanto a vós, a unção que dele recebestes mantém-se em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine. Mas, a unção que dele vem é verdadeira, não é mentira, e vos ensina a respeito de todas as coisas; permanecei nele assim como ela vos ensinou. (1 João 2:27)

Não fostes vós que me escolhestes; pelo contrário, eu vos escolhi e vos designei a ir e dar fruto, e fruto que permaneça, a fim de que o Pai vos conceda tudo quanto lhe pedirdes em meu nome. (João 15:16)

Como se pode deduzir, Deus não necessita de intermediários para se comunicar com os seres humanos, cabendo apenas aos escolhidos, como o Apóstolo Paulo por exemplo, colocar os ensinamentos obtidos diretamente pelo Espírito, à disposição dos eventuais interessados.

Os astutos escribas, exímios sofistas, se especializaram na arte de iludir as humildes “ovelhas”, e ávidos pelo lucro financeiro, organizaram enormes redes de supermercados da fé, as denominações teológicas, onde repetem as suas exaustivas ladainhas caóticas, baseadas nas fábulas e genealogias, que o Apóstolo Paulo, em suas cartas a Timóteo e a Tito, recomenda que sejam ignoradas. A evolução espiritual começa o seu próprio desenvolvimento através do interesse e dedicação de quem a deseja, e a Misericórdia do Pai, o Amor e a Graça do Filho, e a Unção do Espírito Santo satisfazem o desejo dos escolhidos.

Ninguém toma essa honra para si, a não ser quando é chamado por Deus, como o foi Arão. (Hebreus 5:4)

Em Mateus 23:1 a 39, o próprio Jesus Cristo censura os escribas e os fariseus.

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 10/03/2023
Código do texto: T7737125
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