Bom dia, querida!

Com seu casaco de lã, e pantufas,

Uma senhora muito idosa

Vê o jardim de roseiras e herbáceas

De dentro de casa,

de pé, acostada na porta.

Ela se sustenta num carrinho,

O que há nele?

um bebê?

ou é um andador improvisado?

O olhar aparentemente cansado, olha e olha,

Recua um pouco para dentro, talvez por causa do sol.

Num mundo perfeito,

Desceria de meu carro estacionado exatamente em frente dela , mas do outro lada da rua,

e lhe diria -Bom Dia, querida!-

E teria acrescentado

algo

na rotina dela e na minha.