Vítima e carrasco.
Mocinho e vilão, vítima e carrasco, todos são insanos ou não estariam encarnados.
Juntos podem achar um atalho para a casa do Pai, pois ninguém encontrará a sanidade sozinho.
É no instante em que a vítima esquece de julgar o carrasco que a cura ocorre.
O carrasco é a tela para a projeção dos pecados daquele que se vê como vítima, capacitando-o a solta-los. Se a vítima retiver uma mancha de pecado naquilo que contempla no carrasco, o aprendizado da vítima será parcial.
É impossível perdoar a um outro, pois são apenas os teus pecados que vês no carrasco. Só em um outro podes perdoar a ti mesmo, pois tornaste-o culpado pelos teus(próprios) pecados e no carrasco tens que encontrar a tua(própria) inocência agora.
A vítima vê no carrasco tudo o que a vítima não perdoou em si mesmo e assim é dado a vítima uma outra chance de olhar para isso, abri-lo para reavaliação e perdoá-lo. Quando isso acontece, a vítima vê que os seus(próprios) pecados desapareceram num passado que não está mais presente.
Os carrascos só podem ser vistos como portadores do perdão, pois são eles que vem demonstrar a realidade da impecabilidade a olhos que ainda acreditam que há pecado para contemplar. A prova da impecabilidade, vista no carrasco e aceita na vítima oferece a ambos um lugar onde se encontraram, se unem e são como um.