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À PROCURA DE MIM MESMO

 

   “Quero me encontrar, mas não sei onde estou”

                                      (Legião Urbana)

 

Sou como a fumaça de meu próprio cigarro a desvanecer pelo ar

(Sem destino)

Eis como eu me acho

Ou, melhor dizendo, como eu “estou”

 

E então, encontro-me, pois, perdido?

Sei lá!

Estou tão confuso que nem sei se realmente vivo ou se

... somente existo

É tudo tão incerto... e tão demorado

 

Encontro-me perdido

Ou estaria eu agora a dizer uma antítese verbal?

Sim

Considerando que se eu m’encontrei é porque perdido não mais estou

Pelo qu’em tal grau perdido me achava

(Ai! Mais uma vez a tentação da antítese)

Já que se eu me achei é porque não estou [mais] perdido

 

Ou então, direi melhor:

Perdido eu "estava"... na vida

(Como qualquer um)

 

E nest’hora eu pergunto:

Foi preciso que eu me perdesse para qu’então eu me achasse?

Foi necessário que eu me extraviasse para qu’eu pudesse ir

... ao encontro de mim mesmo?

Oh! com certeza

 

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Às vezes penso que temos que fazer a mística jornada do filho pródigo

Isso mesmo

Que precisamos nos perder para então termos que buscarmos

... por nós mesmos

E assim, para depois, dar aquela alegria ao Pai que mais jubiloso

... ficou [co’ele] quando retornou

Do que com o outro [filho] que ficou em casa

Ah! Gostaria muito de conhecer quem sempre ficou “em casa”

... e que nunca na vida se perdeu!

 

Sim, a meu ver (e não sei se errado estou) precisamos nos perder

... para que possamos finalmente... nos "reencontrar"

 

E eis que faço outra pergunta [para mim mesmo]:

Quem me achará primeiro serei eu... ou os outros?

Mas... os outros estão tão perdidos quanto eu (ou talvez até mais) !

 

E interessante como muitos “acham (acreditam) que se acharam”

Quando, na verdade, estão mais perdidos que nunca

(Distanciados de si próprios)

Sim, há quem diga (e são muitos) que encontrou [e está] no caminho [certo]

(Ou mesmo que se reencontrou)

Apesar de qu’está mais desorientado e desnorteado que tudo

Estes que por acreditarem em seus enganos nunca aceitam qu’estão errados

E são sempre “os donos da verdade”

E seguem pelo mundo sem questionar ou julgar as “estranhas vozes”

... que às acatam

 

Meu Deus, estaria eu sendo um “paranoico” por não acreditar em ninguém?

Definitivamente tenho para mim que cad’um é que deve seguir o seu caminho

(Mesmo que venha a quebrar a cara umas mil vezes na vida)

 

Bem, perdido eu "estava"

E visto qu’eu assim estava, não m’encontrava

Ao que custei muito a m’encontrar

E se eu digo nest’hora que perdido não mais estou

... é pela simples razão que me achei

 

E o qu’então [mais] direi?

Acho que m’encontrei

No que [usando d'um pleonasmo vicioso] encontro-me achado

Ou, pelo menos, é o que eu acho

 

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02/03/2023

 

IMAGENS: FOTOS PARTICULARES TIRADAS DE CELULAR

 

MÚSICA: “CAÇADOR DE MIM” – Milton Nascimento

https://www.youtube.com/watch?v=Se9XYKHQi3Y

 

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SOMENTE O TEXTO:

 

À PROCURA DE MIM MESMO

 

   “Quero me encontrar, mas não sei onde estou”

                                      (Legião Urbana)

 

Sou como a fumaça de meu próprio cigarro a desvanecer pelo ar

(Sem destino)

Eis como eu me acho

Ou, melhor dizendo, como eu “estou”

 

E então, encontro-me, pois, perdido?

Sei lá!

Estou tão confuso que nem sei se realmente vivo ou se

... somente existo

É tudo tão incerto... e tão demorado

 

Encontro-me perdido

Ou estaria eu agora a dizer uma antítese verbal?

Sim

Considerando que se eu m’encontrei é porque perdido não mais estou

Pelo qu’em tal grau perdido me achava

(Ai! Mais uma vez a tentação da antítese)

Já que se eu me achei é porque não estou [mais] perdido

 

Ou então, direi melhor:

Perdido eu "estava"... na vida

(Como qualquer um)

 

E nest’hora eu pergunto:

Foi preciso que eu me perdesse para qu’então eu me achasse?

Foi necessário que eu me extraviasse para qu’eu pudesse ir

... ao encontro de mim mesmo?

Oh! com certeza

 

Às vezes penso que temos que fazer a mística jornada do filho pródigo

Isso mesmo

Que precisamos nos perder para então termos que buscarmos

... por nós mesmos

E assim, para depois, dar aquela alegria ao Pai que mais jubiloso

... ficou [co’ele] quando retornou

Do que com o outro [filho] que ficou em casa

Ah! Gostaria muito de conhecer quem sempre ficou “em casa”

... e que nunca na vida se perdeu!

 

Sim, a meu ver (e não sei se errado estou) precisamos nos perder

... para que possamos finalmente... nos "reencontrar"

 

E eis que faço outra pergunta [para mim mesmo]:

Quem me achará primeiro serei eu... ou os outros?

Mas... os outros estão tão perdidos quanto eu (ou talvez até mais)!

 

E interessante como muitos “acham (acreditam) que se acharam”

Quando, na verdade, estão mais perdidos que nunca

(Distanciados de si próprios)

Sim, há quem diga (e são muitos) que encontrou [e está] no caminho [certo]

(Ou mesmo que se reencontrou)

Apesar de qu’está mais desorientado e desnorteado que tudo

Estes que por acreditarem em seus enganos nunca aceitam qu’estão errados

E são sempre “os donos da verdade”

E seguem pelo mundo sem questionar ou julgar as “estranhas vozes”

... que às acatam

 

Meu Deus, estaria eu sendo um “paranoico” por não acreditar em ninguém?

Definitivamente tenho para mim que cad’um é que deve seguir o seu caminho

(Mesmo que venha a quebrar a cara umas mil vezes na vida)

 

Bem, perdido eu "estava"

E visto qu’eu assim estava, não m’encontrava

Ao que custei muito a m’encontrar

E se eu digo nest’hora que perdido não mais estou

... é pela simples razão que me achei

 

E o qu’então [mais] direi?

Acho que m’encontrei

No que [usando d'um pleonasmo vicioso] encontro-me achado

Ou, pelo menos, é o que eu acho

 

02/03/2023

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 02/03/2023
Reeditado em 02/03/2023
Código do texto: T7731007
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