Estou Doente...
Estou Doente...
A cada dia que passa, sinto-me assim; desiludida, com raiva dos meus semelhantes, incapaz, por não conseguir solucionar questões do mundo ao meu redor.
Sou Professora por vocação, Neuropsicopedagoga por instituição, e, vejo-me descrente da EDUCAÇÃO nos dias de hoje, mas, outrora, não era assim? Ou será que era?
As perguntas.
Os resultados.
Resulta na soma do velho, que, nem sempre chega a um denominador comum com o novo.
"Ontem, uma criança veio ao colégio com um short mais parecido com uma calcinha jeans, fazendo gestos obscenos, assim, diria minha vó, e, ao relatar tal feito a direção, os mesmos nem deram a devida atenção..."
"Outro, chega com aquele ar de miserável, dizendo:
- Se alguém me machucar leva o troco, pois, meu pai disse que bateu/levou..."
Fico a refletir sobre os conselhos dados a seus filhos, conselhos estes, tão certo, que, de certo, os machucam mais...
"Disse um dos meus alunos quando perguntei o que ele seria quando crescer, a resposta foi:
- TRAFICANTE. Como o meu pai. Meu pai tem tudo...
Um cachorro amarrado no lugar, que, deveria ser seu lar, em pé, sem poder descansar por horas (Isso retrata a rede social, verdade. Hum!. Mentira. Hum! Hum!), me tocou, pois, o indivíduo que se promoveu mediante tal negligência, foi incapaz de levantar as mãos para evitar...
Eu chorei a miúdo...
Então, pensei...
Do que me valeu atuar na área, quando tentamos ensinar a moral e cívica a um futuro sem futuro algum, quando os pais (crianças) deturpam cada esforço nosso de cada dia, se as próprias leis deturpam, promovem, baseado em seu próprio bem, manter a ignorância, tirando dos mesmos a autoridade patriarcal estabelecida pela lei natural.
Pois é...
Estou doente!
Procurei fugas, que, levaram-me a uma fossa na qual encontro-me, pela perda dos meus pais, alicerce, onde fiz minha morada, pelo filho, hoje casado com alguém que domina-o, e, emocionalmente envolvo-me, fazendo o que minha mãe fez, suprimiu suas dores até virar câncer.
Olha só...Vejo-me na mesma estrada, onde um dia ela caminhou...
Toda dor existente em mim, deposito de uma certa forma nos Pet's, que, usei como escada/apoiando a minha solidão, a falta de ter o antigo posto, que, agora sem comando ou quase, tento salvar os poucos sobreviventes combatentes de um coração sitiado.
Mas,...
Não ouço...
Estou fazendo um tratamento psicológico, em que, a doutora, não esboça uma só palavras sequer apenas diz:
"Nosso tempo acabou..."
Fico então, com a cara de paisagem, mas, não aquela paisagem exuberante das montanha Andinas, e sim, com a falácias dos áridos sentimentos não debatido.
Eu ouço?
Essa talvez seja a pergunta oficial desta jornada, quando os outros esboçam suas opiniões, eu logo atropelo com as ideias customizadas tentando justificar não aos outros, mas, a mim mesmo, achando que, para eles, a verdade ou seja, o acordar de uma Matrix é necessariamente real, contudo, até na Matrix, a verdade na real não é absoluta.
Já dizia Friedrich Nietzsche:
"A verdade é uma ilusão, uma enganação que tomamos como valor e serve para manter nossos corpos adestrados, já que, ela é aquilo que trava nossas ações, que pontua nossos julgamentos e que define o que vale à pena ser levado à sério..."
"Uma verdade contada uma vez só, e, apenas por um único indivíduo é simplesmente mentira, mas, uma mentira contada várias vezes, e, por vários indivíduos, torna-se simplesmente verdade."
(Desconhecido)
Afundo-me neste pélago de insatisfações, de temores abrasivos, negligenciando a vida em si, criando fantasmas com os lençóis da minha vivência, cultuando frases de profetas tão real, quanto os contos de Loki.
Preciso emergir...
Romper a flora destas águas turbulentas e negra na qual minha nau à deriva segue para um horizonte de tristezas.
Trazer comigo aquela alegria existente antes dos meus pais se forem, retomar aquela força, que, penso estar extinta, mas, esconde-se em algum lugar da alma, não ficar inerte as atrocidades vista em fuso horários dos tantos FaceBook, Instagram, contudo, não permitir chocar-me em iceberg's, minando meu caminhar, e, assim, naufragar sonhos...
Deus... Por onde andas...?
Argggrrr... Prec.... Precis.... Preciso... Res... Respi... Respirar!..
Texto construído de uma posa com uma Professora/Neuropsicopedagoga infantil.
Texto: Estou Doente...
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 27/02/2023 às 15:22