A transbordar-se
Suas viceras, entupidas, sua função não se agregava mais a mesma finalidade. passando pelos limites do imaginário que um corpo não suportaria. Sua carne frágil não aguentava tanto, não suportando o peso do cotidiano.
Suas fugas ao seu imaginário dócil, aprisionado. Suas emoções, escorriam pelas bordas em busca de saídas. Corriam pelas beras, de seus olhos arregalados. Goteiravam a beira de uma enchente a transbordar.
A emancipação momentânea para uma alma eterna, uma eternidade não mundana. Florescendo em sua antiga casca, um habitat, oferecendo morada e alimento. Um ciclo de abundância, nada se perde tudo se transforma.