A transbordar-se

Suas viceras, entupidas, sua função não se agregava mais a mesma  finalidade. passando pelos limites do imaginário que um corpo não suportaria. Sua carne frágil não aguentava tanto, não suportando o peso do cotidiano. 

   Suas fugas ao seu imaginário dócil, aprisionado. Suas emoções, escorriam pelas bordas em busca de saídas. Corriam pelas beras, de seus olhos arregalados. Goteiravam a beira de uma enchente a transbordar. 

   A emancipação  momentânea para uma alma eterna, uma eternidade não mundana. Florescendo em sua antiga casca, um habitat,  oferecendo morada e alimento. Um ciclo de abundância, nada se perde tudo se transforma. 

Lírio Bee
Enviado por Lírio Bee em 20/02/2023
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