Premência

Não há dia

Não há hora

Nenhuma urgência.

Coisas podem ficar para depois.

Pensamentos em desassossego devem ser emudecidos.

Falas, discursos, confrontos, certezas absolutas, devem ser silenciados por hoje.

Só um estado é imperioso neste momento:

o da serenidade.

Até que a aflição se transforme novamente,

nos privilégios de:

sorrir,

sentir-se leve,

encantar-se com o cotidiano,

Mesmo no habitual,

No rotineiro,

No aparentemente vulgar.