Não confio em raízes rasas

Parece que a dor é ponto em comum.

Assim como a semente.

E cresce. Não sei se a semente tem medo.

E eu não confio muito em raízes rasas.

Eu não confio.

Eu confio.

Eu rego, pois sou semente, raiz e planta.

Eu sou dor. Dor de ser. Dor de medo. Somatizada.

As vezes triste. As vezes não. Mas sempre medo.

Eu sei quem me observa, quem me tira o sol pra crescer. As vezes sou eu, as vezes é você.

Raízes profundas eu procuro ter. Eu ainda sou semente. Crescente.

A dor é ponto em comum. A dor da ausência de rumo, de estabilidade, a dor de mudar.

Eu ainda sou semente, buscando raízes profundas. Eu ainda sou semente, buscando raízes profundas...

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Gênia Fernandes
Enviado por Gênia Fernandes em 16/02/2023
Código do texto: T7721019
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