Born to be free
A merda toda é continuar te procurando. A maior merda é no auge da minha loucura, ou vamos chamar de vontade de te encontrar pra ser mais saudável, é que sempre encontro os rastros teus. Não te conhecer realmente foi o que me trouxe aqui. Arde meu coração, urrando em agonia toda vez que encontro teus rastros em todas fotos e histórias que te vejo, e sim te encontro, uma porra duma falsa verdade, só por querer te ver tanto assim. Dói meu amor, isso tudo dói. Nunca confiei em você e essa desconfiança mil vezes se provou ser não só uma viagem da minha cabeça. Dói que tua vontade não tenha sido o suficiente de se esforçar pra mostrar o quanto eu não estava certo. Essa falta de amostra do meu erro se propagou cada vez mais em ser um acerto meu. E confiei em mim. E essa saudade machuca. Talvez eu sempre estive certo. Talvez eu sempre errei e assim machuquei você. Essa dúvida da realidade vai sempre me assombrar, e não sei o que fazer a não ser seguir em frente. Mas porraaaa, quero ter o que achei que tínhamos, ou tínhamos mesmo e não sei por que eu sabotei tudo isso, as vezes essa facada no meu ego é a única coisa que me deixa dormir. Prefiro mil vezes meu ego ferido do que a realidade que acreditei ser o que estava acontecendo. Mas tantas provas, tanta falta de clareza, tanto mistério fácil de solucionar, que vc não mostrou interesse em provar de fato. Me vi um louco, me conhecendo não nego ter sido, mas meu instinto é eficaz, e também não posso ignorá-lo. Mas calorosa é a saudade do corpo teu. Fria e calculista são as lembranças que me deu. Jamais fomos compatíveis, você vai estar de acordo nisso, a não ser pelas noites, manhãs, tardes, dias e dias, de suor mútuo brindados com orgasmos, oito, dez horas a fio.... é do que tu mais mostrava foco, mas não só isso me fazia satisfeito. Queria tua existência por inteiro. Teus gostos, costumes, teu eu verdadeiro, queria o pacote completo, não um namoro sorrateiro. E tenho você hoje da mesma forma que tinha quando te via todo dia. Um mistério quieto, que esconde os detalhes em maioria. Um silêncio urrado da alma que não esconde a calma, mas omite a tempestade que vivencia. Jamais te completei e isso me judia. Não seria eu o cara suficiente, nem hoje, nem em mil vidas, pois tua liberdade, de verdade, me conquistou, e me conheço, de certo, novamente me conquistaria. Mas meus nós atados com gravatas nos pés da cama são ineficazes aos teus pulsos e tornozelos, não foram o mesmo que teus livres segredos, satisfazendo o que eu não entendia. Pois bem querida, vou me afastar ainda mais, o melhor que puder, e em quatro meses, se não tu não me vier, embarcarei sem despedida. Tornarei o Atlântico um muro entre nós, vai ser a distância mínima. Agendei tal viagem sem volta, sem bagagem, a não ser tua saudade, minha doce ira. Sinto falta do apego. Me falta teu aconchego, teu peito perto, teu beijo eu quero, Mas não é tua minha vida.