Caos
Eu sou o caos que se desenha
Nos passos de uma bailarina!
Sou o ciclone tropical
Que surge das asas de uma borboleta.
Eu sou o êxtase!
Sou a chama ardente
Que consome a si mesma,
Fazendo da cinza o próprio renovo!
Eu sou o Deus arrependido
De ter criado o homem
Pois ele não quis dançar.
Deveríamos ter dançado sobre a criação e as estrelas,
Entre os toques e cantos dos Orixás!
Sou quem toca samba de roda,
Enquanto o Cristo dança entre os excluídos.
Sou a voz da revolta
Que se insinua nas almas despertas.
Eu sou aquele,
De quem e com quem Zaratustra falou.