Fui eu.
Fui eu,
Fui eu mesmo.
Me omito,
Mas assumo minha autoria.
Como minha morte influenciaria minha vida?
Se vou morrer, como viverei?
Mas fui eu.
Eu quem escolheu viver assim.
Morrendo um pouco todos os dias.
Vivendo, sem buscar sentido.
Seguindo a natureza, leve,
Aceitando os ciclos,
Repetindo fases e
Flertando com a morte.
Questionando-me cada vez menos.
Me aceito,
Esquivo,
E não me rebelo.
Meus sonhos? Onde estão?
Estavam aqui.
Estão ainda, sinto,
Meus sentidos irão libertá-los em mim.
Mas fui eu.
Sinto que foi,
Quem me aprisionou,
E ainda não me deixou ser todo.
Não ofereci resistência,
Acomodei-me.
Só sei que há batalhas
Que não quero enfrentar,
Pois estão me distanciando
De mim.
Estou procurando uma guerra
Que eu deseje realmente enfrentar,
Que possa me dar sentido,
Mesmo sem eu querer,
Nem acreditar que irei encontrar.