A VIDA EM SUAS FORMAS

 

     “Sentir é criar.

 Sentir é pensar sem ideias,

      e por isso sentir é compreender,

  visto que o Universo não tem ideias”

                                       (Fernando Pessoa)

 

A “vida real”

Aquela que está fora... do pensamento

Este qu’em nós é somente entendimento, vontade, memória...

E o tudo o que somos e temos [aqui] dele veio

Ou seria o qu’está fora tão apenas sombras que passam?

Não, não creio

Nada é falso [ainda que tudo mais tarde nos deixe]

Nada... nada... nada

 

 

Lembraria a formosa flor a semente que já foi um dia?

E será que um dia fomos Deus,

... mas que no presente tempo não lembramos?

Todavia, quem "é" Deus nunca deixa de sê-lo

 

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A vida segue e sua gênese é esquecida

É fato

E vivemos entre duas desconhecidas pontas

D’uma vida a estar, quem sabe, em seu centro (ou talvez não):

A maternidade e o cemitério

O útero e o sepulcro

Mas, a vida não é, em su’essência, eterna?

 

 

A morte se faz precisa [em tudo]

Sem a qual a vida não se faria

E para que algo se atualize é necessário que o velho parta

 

 

Será que já estamos chegando ao topo de tudo?

Será que já nos aproximamos ao “traçado destino” do caminho?

Quem poderá saber?

 

 

Vivo um misticismo somente meu

A lembrar o qual vivia o grande poeta português Fernando Pessoa

Aquele mesmo que dizia que “há metafísica bastante em não

... pensar em nada”

 

 

E sei lá se as águas do mar de Portugal são mais salgadas que as daqui

... das terras brasileiras

(Ou se são lágrimas de Deus)

E nest’hora eu nem sei a razão pela qual estou nisto a pensar

Quem sabe visto que embriagado m’encontro por degustar um

... delicioso Vinho do Porto

Ah! Deixa p’ra lá!

 

 

Às vezes penso ser a vida anterior à ela própria

De todas as formas de presença que não podem ter nascidas

... d’alguma ausência, oh! não...

Já que o tudo não pode ter surgido... do nada

 

1597802.jpg

 

Penso que a vida não é aquilo que sentimos

Mas, apenas uma “representação” que aos nossos sentidos toca

No que tudo é somente “forma figurada” da vida que ultrapassa

... a nossa compreensão

E estar vivo é prestar atenção em tudo

E não deixar escapar... nada (cois’alguma)

 

 

Os mundanos dizem que os poetas fogem da realidade

E os poetas têm a certeza de que os mundanos sobre a “realidade”

... nada sabem

E agora a pergunta é:

Quem está certo... e... quem está errado?

Ou quem estaria perdendo... tempo?

 

 

Uma flor é vista nest’hora

E para quem acha que está parado no tempo também acredita

... que aquela flor sempre foi uma “realidade feita”, quando não...

Mas, as flores são [como tudo]... possibilidades concretas

Revelações existenciais que antes delas “Alguém” [nelas] pensou

E quando quis... as criou

 

 

Cada forma de vida é “o oculto desvelado” surgido no tempo

E que no tempo, um’hora vai embora... e ao mesmo tempo não vai

Já que a morte não existe

 

 

Quando atingiremos o Ser?

Ou será que o Ser é quem nos “atingirá”?

Bom, melhor não “pensar em nada” (como dizia o poeta português)

E esvaziar nest’hora a garrafa deste saboroso Vinho do Porto

 

04/02/2023

 

IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (OBTIDAS POR CELULAR)

 

MÚSICA: “OH MY LOVE” – John Lennon

https://www.youtube.com/watch?v=u3QZVdqUidw

 

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SOMENTE TEXTO:

 

A VIDA EM SUAS FORMAS

 

     “Sentir é criar.

 Sentir é pensar sem ideias,

      e por isso sentir é compreender,

  visto que o Universo não tem ideias”

                                       (Fernando Pessoa)

 

A “vida real”

Aquela que está fora... do pensamento

Este qu’em nós é somente entendimento, vontade, memória...

E o tudo o que somos e temos [aqui] dele veio

Ou seria o qu’está fora tão apenas sombras que passam?

Não, não creio

Nada é falso [ainda que tudo mais tarde nos deixe]

Nada... nada... nada

 

Lembraria a formosa flor a semente que já foi um dia?

E será que um dia fomos Deus,

... mas que no presente tempo não lembramos?

Todavia, quem "é" Deus nunca deixa de sê-lo

 

A vida segue e sua gênese é esquecida

É fato

E vivemos entre duas desconhecidas pontas

D’uma vida a estar, quem sabe, em seu centro (ou talvez não):

A maternidade e o cemitério

O útero e o sepulcro

Mas, a vida não é, em su’essência, eterna?

 

A morte se faz precisa [em tudo]

Sem a qual a vida não se faria

E para que algo se atualize é necessário que o velho parta

 

Será que já estamos chegando ao topo de tudo?

Será que já nos aproximamos ao “traçado destino” do caminho?

Quem poderá saber?

 

Vivo um misticismo somente meu

A lembrar o qual vivia o grande poeta português Fernando Pessoa

Aquele mesmo que dizia que “há metafísica bastante em não

... pensar em nada”

 

E sei lá se as águas do mar de Portugal são mais salgadas que as daqui

... das terras brasileiras

(Ou se são lágrimas de Deus)

E nest’hora eu nem sei a razão pela qual estou nisto a pensar

Quem sabe visto que embriagado m’encontro por degustar um

... delicioso Vinho do Porto

Ah! Deixa p’ra lá!

 

Às vezes penso ser a vida anterior à ela própria

De todas as formas de presença que não podem ter nascidas

... d’alguma ausência, oh! não...

Já que o tudo não pode ter surgido... do nada

 

Penso que a vida não é aquilo que sentimos

Mas, apenas uma “representação” que aos nossos sentidos toca

No que tudo é somente “forma figurada” da vida que ultrapassa

... a nossa compreensão

E estar vivo é prestar atenção em tudo

E não deixar escapar... nada (cois’alguma)

 

Os mundanos dizem que os poetas fogem da realidade

E os poetas têm a certeza de que os mundanos sobre a “realidade”

... nada sabem

E agora a pergunta é:

Quem está certo... e... quem está errado?

Ou quem estaria perdendo... tempo?

 

Uma flor é vista nest’hora

E para quem acha que está parado no tempo também acredita

... que aquela flor sempre foi uma “realidade feita”, quando não...

Mas, as flores são [como tudo]... possibilidades concretas

Revelações existenciais que antes delas “Alguém” [nelas] pensou

E quando quis... as criou

 

Cada forma de vida é “o oculto desvelado” surgido no tempo

E que no tempo, um’hora vai embora... e ao mesmo tempo não vai

Já que a morte não existe

 

Quando atingiremos o Ser?

Ou será que o Ser é quem nos “atingirá”?

Bom, melhor não “pensar em nada” (como dizia o poeta português)

E esvaziar nest’hora a garrafa deste saboroso Vinho do Porto

 

04/02/2023

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 04/02/2023
Reeditado em 04/02/2023
Código do texto: T7711442
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