A chuva

Chuva que passa, chuva que molha,

Chuva que derruba, chuva que ergue...

Que destrói sonhos,

E que alimenta esperanças...

Gotejar melodioso no telhado,

Consumando o mundo enquanto o tempo e o medo dançam

Com as gotas do teu cantar.

Casa molhada, planta nutrida!

Quando se sente forte, pela violência da tua força,

Vem o vento e te sopra para longe,

Reduzindo-te ao esquecimento.

Insistente, ainda vives na lembrança

De uma ou duas pessoas,

Que no meio da grande chuva

E da casa molhada,

Pararam para ouvir o teu cantar.

Antonio Leandro Fagundes Sarno
Enviado por Antonio Leandro Fagundes Sarno em 30/01/2023
Reeditado em 22/11/2024
Código do texto: T7707582
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