A chuva
Chuva que passa, chuva que molha,
Chuva que derruba, chuva que ergue...
Que destrói sonhos,
E que alimenta esperanças...
Gotejar melodioso no telhado,
Consumando o mundo enquanto o tempo e o medo dançam
Com as gotas do teu cantar.
Casa molhada, planta nutrida!
Quando se sente forte, pela violência da tua força,
Vem o vento e te sopra para longe,
Reduzindo-te ao esquecimento.
Insistente, ainda vives na lembrança
De uma ou duas pessoas,
Que no meio da grande chuva
E da casa molhada,
Pararam para ouvir o teu cantar.