Face do encanto

Lua, Luanda, Luz

Face do encanto no colo de Nanã

O curvar de Chronos aos pés de Kairós

Como tempo se curva ao que não pode ser medido

E que trava o próprio tempo num infindável nada

Lufada, Lua, Luanda,

Numa rima carmesim, em mim...

Vento forte que me faz querer

O canto do cavalo marinho com asas de borboleta.

E, nesse meio tempo,

A lua lançou seu brilho sobre uma sereia nua

Que estava parada no centro da cidade,

Talvez esperando o ônibus, sei lá...

Só o som da chuva que não sai da minha memória...

Acho que me tornei a criança brincando na sala,

E que não tira os olhos do barco no Monet!

Acabei nos caminhos de odara, rindo e amaldiçoando a saudade,

Nas sendas tranquilas de quem perdeu a direção.

Antonio Leandro Fagundes Sarno
Enviado por Antonio Leandro Fagundes Sarno em 27/01/2023
Reeditado em 09/10/2023
Código do texto: T7705061
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