Escrever me salvou da loucura,
do medo,
das certezas,
da angústia,
do salto para o nada,
da cegueira,
do vazio.
A palavra é um organismo vivo,
repare,
fungo mantendo funcional o hospedeiro,
cresce sem parar diante de condições favoráveis e em diversos meios de cultura,
mas não possui raízes.
A palavra de mim se alimenta,
me consome e se frutifica e,
entre prós e contras,
mesmo quando tudo me parece uma despedida, escrevo.