Impressões.
Costumamos ter as mais diversas,sobre algo ou alguém.
Não nos preocupamos em olhar mais de perto,nem sentir se de fato são reais.
Apenas as tiramos,do nosso próprio senso de julgamento e conceitos.
Trazemos a tona e, não medimos o tamanho dos danos que podem causar.
Olhamos apenas pro raso,só a superfície que avistamos.
Nem se quer,somos capazes de um mergulho despretensioso.
Ao verdadeiro equilíbrio,não saímos da margem.
Nem tentamos ser justos,com a face mais próximo.
Caímos na rotina dos argumentos,cada vez mais certos e seguros.
Tiramos as possibilidades do contra ponto,ficamos sempre com as impressões.
Turvas ou não,importa menos ter a visão mais clara.
Cabe mais manter as nossas,leva-las ao confronto da arrogância humana.
E válida-las sob o juízo impreciso, do ego, da incoerência e do medo.
Todos imbuídos de manter cada uma delas,firmes,latentes e desejadas.
E caminhamos,alinhados com a maioria,fixados na aparência serena da certeza.
Impressões,nada mais que isso,versões alheias à aquilo que devíamos celebrar.
Improvisos trazidos das beiradas,deixadas a mostra de forma proposital.
Iscas lançadas nas águas da impaciência,ingolidas de subto sem exitar.
Sempre assim,trazemos pra cima tudo que os olhos ofuscados nos mostram.
Sem nenhum cuidado,apenas por não querer o fardo da coerência necessária.
Vamos sempre,sempre preferir empunhar a espada afiada das impressões.
Cortes profundos e letais,nos sangram, nos calam e são apenas,impressões...