O RIO E AS ALMAS
“Terminar o momento, encontrar o final da jornada
em cada passo do caminho, viver o maior número
de boas horas, é sabedoria”
A terra
O ventre místico da vida
E dela a surgir... uma nascente
A brotar... de sua energia
Uma semente nest’hora a fecudar, então
E vem... ao mundo
E se forma (toma "carne")
Tudo tem um princípio
E tudo um dia... aparece (manifesta-se)
Como o sol a nascer em su’alvorada
Instante mágico... da vida
A que dela pouco [ou nada] se sabe!
E o rio segue... em seu curso
E as almas na estrada do tempo...[também] trafegam
A sagrada jornada a que ninguém sabe o seu [real] destino
(Ou o que nela [em seu termo] virá)
D’uma mística dinâmica em tudo
E por assim ser não tolera ficar estática (jamais)
Não, não pode ser um rio a ficar represado (parado)
Até porque parar seria a sua morte
E, deste modo prossegue [continuamente]
A nossa incrível viagem...
A nossa sagrada... jornada
Oh! Por tão longa a se parecer às vezes acredita-se que não acaba
Ou será que tal se dá por uma certa ansiedade a nos assaltar?
Todavia, que ninguém s’engane com isto a nos iludir a mente
Findará, oh! sim
E que ninguém pense que no final não dará... em nada
E então vai... entre encostas e quebradas
Serpenteando e se adentrando entre colinas e montanhas
Descendo ladeiras...
Formando cachoeiras
Rompendo barreiras...
Atravessando vilas e cidades
E sempre se despendido delas
Faz-se preciso...
(Talvez até mesmo para à nenhuma se apegar!)
E a ir de horizonte em horizonte
Até finalmente chegar onde, pois, deveria
Mas, e então, qual o destino do rio?
Tudo nasce para “algo”
Tudo carrega em seu interior... uma vocação
O rio também
E o que não dizer das almas?
Par'aonde vão?
Ou melhor:
Par'aonde "vamos" em nossa viagem?
O rio desconhece o seu destino (o seu porvir]
E acaso as almas [aqui] sabem a sua sorte?
E não seria a mesma de todas e para todas?
E teria saudades o rio do mar [o qual ainda não conhece]?
Todavia, as almas têm, sim, saudade de Deus
(Ainda que [isto] venham a ignorar)
Neste mundo que não permite que o “filho pródigo” tenha
... saudade do Pai!...
Não devemos ser o que o mundo nos faz (ou nos "deformou")
Precisamos, sim, ser o que a Vida em seus planos para nós criou:
A paz
E assim o rio segue
E no que insistiu, oh! eis qu'em seu curso finalmente chegou
E s’encontrou com “quem” sempre o esperou:
O Mar...
Vida encontrando... com vida
Comunhão...
O rio a perder su’antiga [ou falsa] identidade
Contudo, nenhum prejuízo lhe fará
Será [ele] um só... com o Mar
E serão a partir des'hora as almas (todas)... uma só... com Deus
IMAGENS: FOTOS TIRADAS DE CELULAR
MÚSICA: “AVE CANTADEIRA” – PAULINHO PEDRA AZUL
https://www.youtube.com/watch?v=7eVp1KtRhkA