CRISTÂO, AGNÓSTICO, ATEU
O Cristão é aquele que acredita na existência de Deus, e que Jesus Cristo é o Seu Filho, e também no Espírito Santo que é o intermediário entre o Pai e o Filho e os Seres Humanos. Existe, porém, uma diferença fundamental entre dois tipos de Cristãos; aqueles que tiveram uma experiência real com essa intermediação do Espírito Santo, os quais não têm mais a necessidade de acreditar, pois eles passam a usufruir do conhecimento de Deus, e quem conhece não precisa acreditar, pois a crença ou fé fica permanentemente embutida no conhecimento. Para diferenciar, este é o Cristão espiritualizado, e o outro tipo é o Cristão de boca, como definiu o Teósofo Jacob Boehme, que se assemelha ao fariseu mencionado na Bíblia, e ele sempre se vincula a alguma denominação teológica, adotando os dogmas e as regras da instituição, sem obter o novo nascimento, que é pessoal e elimina a necessidade de intermediários (os escribas) entre Deus e os homens. (Mateus 23)
O Ministério ou o Apostolado da Palavra de Deus devem ser exercidos exclusivamente pelos Cristãos espiritualizados, do contrário ocorrerá a violação do disposto em (Hebreus 5:4). A diferença entre os dois tipos de Cristãos, é que o Cristão de boca ainda está vinculado à Primeira Aliança, ou ao Decálogo de Moisés, que é o ministério da morte, segundo o Apóstolo Paulo (2 Coríntios 3:7), porque pelas obras da lei ninguém será justificado diante de Deus (Romanos 3:20), enquanto o Cristão espiritualizado se vincula à Segunda Aliança, na Graça de Jesus Cristo, o Ministério da Salvação. Como símbolos, o Cristão de boca chama-se Jacó, e o Cristão espiritualizado se chama Israel (Gênesis 32:28,29).
O agnóstico é o ateu moderado, que não investe contra as crenças, não acredita na existência de Deus, mas ele admite que poderá vir a acreditar, desde que encontre provas dessa existência, numa postura não tão radical como a do ateu, que além de não acreditar em Deus, em nenhuma hipótese, ataca agressivamente os crentes e as religiões em geral, tentando converter os deístas para o ateísmo.
Os agnósticos, e mais intensamente os ateus, na verdade, mantêm nos recônditos das suas consciências, os permanentes tormentos por não encontrarem as respostas que removam as suas angústias, pelo desconhecimento do porvir que transcende a racionalidade, cujo acesso é reservado para os espiritualizados, de forma independente da graduação intelectual. Com efeito, o detentor do maior grau de espiritualidade que se conhece, chama-se Jacob Boehme (1575-1624), o simples sapateiro alemão, o maior Teósofo de todos os tempos! Ele viveu apenas 49 anos, e deixou uma vasta obra literária, que ninguém conseguiu interpretar totalmente até hoje, apesar do longo período de evolução de quase quatro séculos.
Para obter a noção da importância da obtenção da espiritualidade, que é proveniente exclusivamente através do novo nascimento, basta observar a seguir, o conteúdo do texto bíblico.
João 3:3,5 – Jesus lhe respondeu: Em verdade, em verdade, vos digo que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo. Em verdade, em verdade vos digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
Os conhecimentos espirituais obtidos a partir do novo nascimento, tornam-se uma propriedade pessoal e intransferível para outras pessoas pela via racional, como se observa em seguida.
1 Coríntios 2:14,15 – O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são absurdas; e não pode entendê-las, porque se compreendem espiritualmente. Mas aquele que é espiritual compreende todas as coisas, ao passo que ele mesmo não é compreendido por ninguém.
Mas, afinal, como alcançar o novo nascimento?
João 15:16 – Não fostes vós que me escolhestes; pelo contrário, eu vos escolhi e vos designei a ir e dar fruto, e fruto que permaneça.
Efésios 1:4,5 – Como também nos elegeu nele, antes da fundação do mundo, e nos predestinou para si mesmo, segundo o bom desejo de sua vontade.
Efésios 2:8,9 – Porque pela Graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se orgulhe.
Romanos 9:8,11 – Isto é, não são os filhos naturais que são filhos de Deus; mas os filhos da promessa é que são contados como descendência. (Pois os gêmeos ainda não tinham nascido, nem praticado o bem ou o mal, para que o propósito de Deus segundo a eleição permanecesse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama).
Aos seres humanos compete praticar os ensinamentos de Jesus Cristo e confiar na onisciência e na justiça de Deus.