I-LXXXI Jaezes de vida e morte
Resta-me uma janela para assistir toda a rua.
Ouvi rumores dos sicários que estão livres sem tortura,
mas não os vi, não senti, acredito que esqueci;
não que deixei o medo das coisas mundanas,
é só o cansaço, que me põe à espera do destino de pijama.
É a primeira vez que, o que digo,
soa como algo que tenho vivido.
Alguns vão da água ao vinho,
mas carregam a dificuldade
de reconhecer um passado maligno.
Os céus perdoam seus filhos,
mas os pequenos ainda choram pelos monstros que,
há muito, os têm perseguido.
É por isso que me contradigo, culpo-me pela falta de senso,
mas vejo-me encosto dos livres arrependimentos.