Gangrena
O ser humano está louco e doente na primavera gangrenosa do seu egoísmo, egocentrismo e hedonismo. Mente e foge para não fazer o que é certo, põe-se em elevados pedestais amparados por sua presunção e importância imaginária e ao mesmo tempo mergulha nas profundezas, refestelando-se cada vez mais em baixos prazeres tão abissais quanto sua própria desesperança pela vida.
A humanidade andou, andou e andou. No final das contas, alcançou um enorme jardim morto, suspenso num limbo de lugar nenhum; com árvores desfolhadas e galhos retorcidos e cuja ambientação de matizes cinzentas convida à desolação.
(Gênnifer Gonçalves)