QUEM AMA NÃO É “DEPENDENTE” DO OUTRO, PORQUE O AMOR NÃO É “UMA DROGA”

 

  "Ninguém é mais escravo do que aquele

       que se julga livre sem o ser”

                           (Johann Goethe)

 

Pois bem...

Definitivamente faz-se preciso conhecer os movimentos da mente

(O tempo todo)

Já que ela... constantemente engana... e mente

Que, como dizia o “psicólogo” Jeremias (do Antigo Testamento):

“Dolosum est cor super omnia et insanabile; quis cognoscet illud?”

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas,

... e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”

(Jeremias 17:9)   

 

 

 

Liberta-te (se assim s’encontras) deste teu nada a que chamas de “amor”

Desperta-te o mais rápido que puder deste teu imaginário sono

Desfaça-te de tuas mentirosas sombras

Não é real, não é mesmo

Oh! Quantos erram no que acreditam ser... amor!

E muitos vão, assim, até às suas covas...

 

 

E neste instante eu pergunto:

Estaria certo Santo Agostinho quando disse “ninguém ama aquilo que não conhece”?

Está corretíssimo, sem dúvida

E [eu] o completaria em dizer que desiludir-se (no que antes achava que

... se sabia)... é libertar-se d’uma ilusão

É "abrir finalmente os olhos" e enxergar de verdade o que antes não se via

 

 

Amamos alguém [de verdade] quando vemos que não “precisamos” dele

(E nem [ele] “precisa” de nós)

Amor é sinônimo de... “liberdade”

(Se for realmente.... “amor de verdade”)

Do que não fará do outro um refém ou um escravo

A tê-lo sempre... em suas mãos

Resuminso:

O amor [verdadeiro] não prende ninguém

 

 

Ama-se [de verdade] quando ninguém é “dependente” de ninguém

Torno a dizer

Do que não faz do outro uma espécie de “vital necessidade”

E também não o “domina”... nem o oprime

Aquilo a ser [para muitos] somente posse e apego

Ou mesmo uma neurótica obsessão

Insisto em dizer:

O amor de maneir'alguma é uma prisão

 

 

“Dilectio proximo malum non operatur”

Ou traduzindo:

“O amor não pratica o mal contra o próximo” (Romanos 13:10)

Como assim dizia o “psicólogo” [do Novo Testamento] São Paulo

E eu o completo:

“O amor não faz mal a si mesmo”

Quem se sente maltratado não o é em nome do “verdadeiro amor”

A ser d’outra coisa, mas não do “amor de verdade”

Dos tantos amores falsos qu'existem no mundo, oh!...

Ou d'outros nomes a que se usam da palavra "amor"

E são muitos

Aliás, se é um nome muito mal empregado eis a ser... "amor"

 

 

Ninguém “precisa” de ninguém... para amar

É verdade!

O amor não é “droga” para se viciar do outro

E, assim...

Que ninguém seja um “adicto” do que é (ou acredita ser) amor

 

 

Ou n'outras palavras:

O amor [de verdade] não é nem trás “dependência”

Ao qu'eu diria:

Ser do outro “dependente” é ser [dele] seu “escravo”

E a essência do [verdadeiro] amor é... liberdade

Procure entender isto

É para o seu bem que lhe digo

 

 

Ser escravo d’alguém é dar-lhe o poder de ser... o seu senhor

E em tal condição é impossível ser feliz  

Considerando que é muita humilhação

Sim, nenhum mortal é Deus para que perante a ele se ajoelhe e se proste

Não, não permita que alguém te coloque uma “coleira” ou um "cabresto"

(Nem em nome do amor ou de cois’alguma)

Não se deixe ser uma marionete de quem acredita que ama

Pelo amor de Deus, lembre-se de que você tem dignidade e honra

Enxergue, pois, esta sua sagrada realidade

É a sua alma é que está em jogo

É a sua vida

 

 

“Adicções” e dependências só trazem sofrimento e dor

(Ainda que seja “em nome do amor”)

Oh! E quantos, então, bobagens (ou mesmo crimes) fizeram no que

... acreditavam ser em “nome do amor”!

Crimes [chamados] “passionais”, suicídios, dentre outras tragédias

Ou mesmo sequestros no que achava que o outro lhe pertencia

(No que pensava que seria, então, dele... “sua propriedade”!)

 

 

E nest’hora eu pergunto:

- Você ainda é daqueles que acredita que ciúme é prova de amor?

Se crês nisto eu tenho dó de ti

O ciumento é alguém que acredita n’um “sofisma do nome amor”

Não, oh! não...

Não se pode amar com uma estrutura psicológica enferma

... a s’estar (e geralmente sempre) enciumado e ao outro "apegado"

Considerando que tal “emoção” só produz inquietação e perturbação

Pelo qu’em tal grau suspeita e desconfia de quem se diz amar

Não, não ama

Não é amor [de verdade] o que gera sofrimento e dor

Não é amor [autêntico] o que faz chorar e padecer

Nunca foi

Trata-se d'outro "nome" qualquer (mas que, definitivamente, não é "amor")

 

 

“Caritas patiens est, benigna est caritas...”

“O amor é paciente, o amor é prestativo...” (1 Coríntios 13:4)

A ser paciente e prestativo com o outro e também co’ele próprio

E por quê?

Simplesmente porque quem ama [de verdade] é sadio e livre

Amor não é ser do outro... dependente

Do amor [verdadeiro] que não é... “uma droga”

 

 

IMAGENS: INTERNET

 

MÚSICA: “SLAVE TO LOVE” – BRYAN FERRY

https://www.youtube.com/watch?v=NO2Lbkbr5Gg

               

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 21/12/2022
Reeditado em 21/12/2022
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