Amar ao próximo, realmente deveria ser normal
Só o amor sem cobiça, consegue romper a rede, e toda a parte em que ela é rompida, a alma nos contempla.
HERMAN HESSE
E nos alimenta!
A rede da qual ele se refere, é a camada de defesa, a crosta de proteção, a rede tecida por intenções, angústias e desejos orientados para alvos não essenciais que nos separam de outros seres.
Agora me responda - Prá que?
Amores são tantos, são diversos, são únicos, eles são e ponto.com.br
Amamos nossos filhos, nossos homens, nossos bichos, nossos pais, amamos aquela música, aquela lembrança, aquele instante...
Acaso o amor não é livre, pleno e belo em si mesmo?
Não sou uma romântica (embora, ache bonito quem o seja) mas, não é somente a esse amor a que me refiro.
Refiro-me a liberdade, a pureza, o sentimento reconhecido e sentido na alma! Contudo, quando você ama livremente outro ser humano, por mais absurdo que seja, algumas vezes ele estranha, julga, teme e foge.
Essa rede rompida sentimos mais frequentemente nas relações de amizade. Porém, quando você rompe em outras partes, como brilhantemente cita Herman Hesse em sua frase, é comum o estranhamento - E é tão engraçado, pois isso nada mais é do que "amar ao próximo".
Nunca fui rebelde, nem de vanguarda. Sempre fui e sou sossegada. Mas, sou livre em mim, e já paguei, e muitas vezes caro por isso.
Será que é apenas uma questão de falta de alcance humano?
HERMAN HESSE - Escritor, poeta e aquarelista alemão do século XIX. Dentre suas obras, as mais conhecidas são Sidarta e O Lobo da estepe. As minhas preferidas são Demian e Obstinação.