desvalorização
Mais uma vez volto para o único que pode me entender
e Mesmo assim faltam-me as mais belas e impactantes palavras
A poesia do vizinho é sempre mais viva
Quando eu soube que a morte está mais próxima ao frio eu soube que odiava o calor
Nada nem ninguém sente minha alma
E eu estou presente mas indagam que minha cabeça está em outro lugar
Surge a desvalorização da minha presença
Eu digo que nada me afeta
Eu minto bastante
Tudo o que tento esconder é tudo o que quero mostrar para o mundo
Estou subindo uma escada no escuro, sem nunca ter a visto, talvez a porta já tenha passado e eu continuo subindo
Torcendo para que quanto maior a altura maior a queda
Talvez o barulho do eu esparramado no chão seja o suficiente para virarem suas cabeças
Mentiria se dissesse que gosto do que escrevo
Mas mentiria se dissesse se isso não é o que sinto
Pelo menos transformo a dor em algo palpável
Mas não é arte
Pois nunca seria apreciada