FILHO DA MÃE E DO PAI

Ontem conversando com um motorista da Uber entramos no assunto de como é possível um Pai não se importar com o filho?! Ele se referia ao pai do seu neto que não gosta de ficar com o filho em seus dias de visitas.

Honestamente é incompreensível e incabível tal comportamento que o pode classificar como várias coisas, menos um Pai. Por estes indivíduos que a imagem do PAI foi desconfigurada e distorcida fazendo com que essa posição se tornasse até desnecessário para alguns.

Mas diante desta verdade incontestável há também um contra ponto (como tudo na vida), onde a idolatria da maternidade e o culto distorcido ao feminino de hoje em dia tentam as vezes silenciar, que são as Mães que cerceiam e dificultam a liberdade e o direito do filho a convivência do Pai.

Tão incabível quanto um Pai não querer estar com seus filhos por puro capricho, é uma Mãe impedir usando de certa vantagem, por qualquer que seja a justificativa, o convívio do Pai com seus Filhos de forma tendenciosa.

Um filho não pode ser moeda de troca e nem uma barganha para obter algo, ele não entra em negociações ou interesses pessoais. Ele precisa ter seu direito como indivíduo preservado e não sofrer consequências por que uma ou outra parte se acha neste direito.

Um filho como indivíduo único tem direitos próprios, e não é o mesmo que da mãe e nem o do Pai, ele precisa ter sua liberdade do convívio com ambas as partes preservada por livre direito de escolha sem a intercessão de ninguém.

O filho é da Mãe e do Pai, não se pode impedir por qualquer justificativa que seja, o acesso dele aos seus genitores, tudo que for contra isso é uma falta de respeito profundo e uma opressão à criança.

Não é possível curar a nossa criança interior se a criança que está ali na nossa frente está sendo ferida pelas mesmas dores que nos machucaram um dia. A idéia nesse caso talvez seja não ferir nossos filhos para que possamos iniciar a cura de nossas feridas infantis.

Escrito em 17/12/2022