Assim como diversas são as cores, os frutos e odores, também são as disposição anímicas humanas.
Alguns, naturalmente positivos, alegres e sorridentes, mesmo quando em momentos probatórios, impulsionam humor e pensamento, elevando-os, fixando-os n’algum elemento positivo agregado à fé e à esperança.
Por outro lado, outros são naturalmente depressivos, não se adaptam aos costumes e valores sociais aos quais são expostos, não sentem prazer ou alegria com o que agrada à maioria, consumindo-lhes inevitável sensação de não pertencimento ao mundo que os acolhe, tais quais alienígenas num planeta estranho.
Quando jovens ou adultos imaturos, condenam-se por sentirem-se diferentes e em função da insistente cobrança social por uma postura que não reconhecem, levando-os a grandes martírios existenciais, má formação da identidade e conflitos de personalidade, culminando, com o tempo, à intensificação do estado depressivo, ao aniquilamento da auto-estima e ao agravamento da sensação de não pertencimento, o que pode estimular o uso de entorpecentes, o surgimento de outros distúrbios mentais e neuroses, tais como fobia social, síndrome do pânico e esquizofrenia, e até mesmo levar ao suicídio, cada vez mais comum entre jovens na contemporaneidade.
Sendo assim, felicito-me pelas pessoas que gozam da primeira disposição anímica descrita, pois certamente são faróis de esperança e alegria a contagiar pessoas e ambientes.
Contudo, insto à compreensão das diferenças existentes entre a diversidade humana, seja ela física, mental, emocional ou anímica.
Da aceitação morre o preconceito e nasce o respeito. Deste surge a compreensão. Esta é trilha certa para a compaixão. Da compaixão eclode a caridade, regato a desaguar no caudaloso rio do Amor Crístico.
Paz a todos os corações.