Inteligência Emocional
Sabidamente o fim de ano é uma época emblemática, pois representa a finalização de um ciclo, e o início de outro. Nessa época, costumeiramente, as pessoas avaliam o ano que se finda, fazendo planos para o que se aproxima.
É verdade que esses planos muitas vezes não são sérios, e por isso mesmo ficam pelo caminho, mas não entraremos nesse assunto nessa oportunidade. E nada melhor para ajudar nessa autoavaliação de fim de ano que uma obra que nós ensina a conhecer a nós mesmos, a nos avaliarmos, a olharmos para dentro: “Inteligência Emocional”, de Daniel Goleman.
A obra demonstra que, ao contrário do que afirma o conhecimento comum, vulgar, “inteligência” não é sinônimo apenas de racionalidade, mas se refere a um conjunto de aptidões mentais, entre as quais encontramos o tão importante quanto negligenciado autocontrole. Sim, a aptidão para controlar as emoções e saber lidar bem tanto com nosso ambiente interno, psicplógico, como com o ambiente à nossa volta é uma das missões mais árduas do mundo, e uma faceta importantíssima da nossa inteligência. Já dizia Dale Carnegie, para expressar a importância ímpar de saber lidar com as emoções: “o homem não é um ser racional, é um ser emotivo”.
Na atualidade a inteligência emocional está estreitamente ligada com nossas relações interpessoais, e se projeta de modo surpreendente em nosso ambiente de trabalho, no que vem sendo chamado de “Soft Skills”, habilidades pessoais de caráter subjetivo como comunicação, liderança, trabalho em equipe, criatividade, empatia, proatividade, flexibilidade, resiliência, e por fim - mas não menos importante -, ética.
Em muitos casos as habilidades pessoais tem superado inclusive as qualificações profissionais como graduações e cursos técnicos, chamados de “Hard Skills”. Não é incomum encontrar anúncios de vaga que dizem: “contratamos pessoas que saibam se comunicar e trabalhar em equipe. Não é preciso ter experiência”. E a razão é muito simples, a parte técnica do negócio pode ser facilmente aprendida no primeiro mês de trabalho, mas as habilidades pessoais levam anos para serem construídas.
E de que maneira vamos aprender tais habilidades se não for lendo, estudando, nos avaliando constantemente e tentando de novo, e de novo, e de novo, e de novo, infinitamente até aprendermos? Tudo começa com um bom livro, e um interesse sincero em buscar mais e mais conhecimento sobre o assunto, com doses cavalares de persistência. E que tal iniciar 2023 se propondo a aprender essas “Soft Skills”? E que tal iniciar essa jornada com o mais fácil, que é ler o livro sugerido? Se dê esse presente de natal, um bom livro. Sejamos buscadores, procurando melhorar sempre, sempre...