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NADA VEM DO NADA... E TUDO VOLTA PARA O TUDO

 

   “Quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece”

                                                          (Franz Kafka)

 

 

Nem todos merecem os olhos que têm

Pelo fato de que não os usam... o tempo todo

(Ou, melhor seria dizendo, quase nunca!)

E onde é que mora a visão, seria mesmo na cara

... ou n’outro lugar, quiçá... o coração?

(Refiro-me à verdadeira visão, para que seja bem entendido)

Vivem, pois a imensa maioria d’olhos [d’alma] fechados, então!

 

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Atento-me a tudo o que vejo

Ainda que só eu é que percebo, e mais ninguém

Mas, que importância dou sobre a opinião d'outros pelo que pensam

... a meu respeito?

Dos tantos que até me chamam... de louco!

 

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No qu’eu acho que vejo, eis o que mais me importa

Aliás, nunca dou importânci’alguma ao que outros dizem

... (quando, pois, querem me contradizer e, sobretudo, me

... machucar com suas nefastas palavras)

 

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Paisagens que noto da janela do ônibus (em movimento)

E me maravilho... co’elas (todas)

Ao que não deixo escapar... nada (nenhuma)

 

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E meus olhos navegam e voam durante a viagem

E fotografo tudo para, quem sabe, não esquecer os breves momentos

E, assim, vou registrando as vivas imagens

As quais no presente tempo "estão"

E que sobreviverão [depois] não somente pelos arquivos

Mas, principalmentem em minha memória

 

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No que não foi diferente n’àquela hora, indo em direção ao Rio,

... em que descia pela conhecida Serra de Petrópolis

Um lugar místico e mágico, ao qu’eu diria

Teria o tempo... “alma”?

E por que não?

 

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De suas mãos a esculpir das nuvens desenhos e figuras

Cinzentas aparências que se formam na união entre os delicados cirrus

Ou mesmo os stratus ou cumulus

Em que agrupadas são na troposfera, não importa a altitude

Se baixas ou altas... 

 

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E à janela d’àquele ônibus igualmente em minha imaginação viajava

A contemplar o amanhecer de mais um dia

Um novo dia a se criar, então

A imitar, sei lá, o painel da Capela Sistina (em seu teto)

De seu afresco nascido pelas mãos do grande Michelangelo

E ver no céu d’àquela hora a famosa “Criação de Adão”

 

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Oh! Seria uma “ilusão” pelo que não seria cois’alguma?

Gotículas de ondas que se aproximam e se agrupam (no que se somam)

E dão origem a uma “forma”

 

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Quanto tempo dura a sua vida (a construção d'uma nuvem)?

Seria o tempo d’uma, talvez, “mentira”, sei lá?

E os ventos as esculpem...!

De sua beleza a se fazer, eu creio, justamente pelo que é efêmera

 

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Imagens que se formam... e passam

Ficam por um tempo... e vão embora

Par’aonde vão, oh! seria para o “nada”?

Não creio, porque não acredito que exista... o nada

“Nada” é apenas uma palavra... sem significado

E arrisco-me a afirmar que "nada" é uma palavra que não vale nada

 

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A se concluir que...

Nada pode vir... do nada... porque o “nada” não existe

Ou achas tu que existe um espaço vazio entre "tudo”?

Defintivamente não!

Do plasma quântico a ser a "matéria escura"

(A estar em tudo e a não deixar nenhum vácuo no universo)

Que nada mais é que também "energia escura condensada"

Tais como as nuvens que são, em su'essência, água evaporada

... a habitar [agora] no espaço aéreo da terra

D'àquelas que antes eram rios... mares... lagos...

 

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Nada vem do nada (nada, cois’alguma)

E tudo volta... para o tudo

Tudo... tudo... tudo...

E a viagem prossegue...

 

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05/12/2022

 

IMAGENS: INTERNET E FOTOS POR MIM TIRADAS E UMA DESENHADA POR MINHA FILHA QUE EU MUITO A AMO

 

MÚSICA: Tibetan Healing Mantras - Drukmo Gyal - Green Tara

https://www.youtube.com/watch?v=G6oo7kXy9u0

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 05/12/2022
Reeditado em 05/12/2022
Código do texto: T7665143
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