NADA VEM DO NADA... E TUDO VOLTA PARA O TUDO
“Quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece”
Nem todos merecem os olhos que têm
Pelo fato de que não os usam... o tempo todo
(Ou, melhor seria dizendo, quase nunca!)
E onde é que mora a visão, seria mesmo na cara
... ou n’outro lugar, quiçá... o coração?
(Refiro-me à verdadeira visão, para que seja bem entendido)
Vivem, pois a imensa maioria d’olhos [d’alma] fechados, então!
Atento-me a tudo o que vejo
Ainda que só eu é que percebo, e mais ninguém
Mas, que importância dou sobre a opinião d'outros pelo que pensam
... a meu respeito?
Dos tantos que até me chamam... de louco!
No qu’eu acho que vejo, eis o que mais me importa
Aliás, nunca dou importânci’alguma ao que outros dizem
... (quando, pois, querem me contradizer e, sobretudo, me
... machucar com suas nefastas palavras)
Paisagens que noto da janela do ônibus (em movimento)
E me maravilho... co’elas (todas)
Ao que não deixo escapar... nada (nenhuma)
E meus olhos navegam e voam durante a viagem
E fotografo tudo para, quem sabe, não esquecer os breves momentos
E, assim, vou registrando as vivas imagens
As quais no presente tempo "estão"
E que sobreviverão [depois] não somente pelos arquivos
Mas, principalmentem em minha memória
No que não foi diferente n’àquela hora, indo em direção ao Rio,
... em que descia pela conhecida Serra de Petrópolis
Um lugar místico e mágico, ao qu’eu diria
Teria o tempo... “alma”?
E por que não?
De suas mãos a esculpir das nuvens desenhos e figuras
Cinzentas aparências que se formam na união entre os delicados cirrus
Ou mesmo os stratus ou cumulus
Em que agrupadas são na troposfera, não importa a altitude
Se baixas ou altas...
E à janela d’àquele ônibus igualmente em minha imaginação viajava
A contemplar o amanhecer de mais um dia
Um novo dia a se criar, então
A imitar, sei lá, o painel da Capela Sistina (em seu teto)
De seu afresco nascido pelas mãos do grande Michelangelo
E ver no céu d’àquela hora a famosa “Criação de Adão”
Oh! Seria uma “ilusão” pelo que não seria cois’alguma?
Gotículas de ondas que se aproximam e se agrupam (no que se somam)
E dão origem a uma “forma”
Quanto tempo dura a sua vida (a construção d'uma nuvem)?
Seria o tempo d’uma, talvez, “mentira”, sei lá?
E os ventos as esculpem...!
De sua beleza a se fazer, eu creio, justamente pelo que é efêmera
Imagens que se formam... e passam
Ficam por um tempo... e vão embora
Par’aonde vão, oh! seria para o “nada”?
Não creio, porque não acredito que exista... o nada
“Nada” é apenas uma palavra... sem significado
E arrisco-me a afirmar que "nada" é uma palavra que não vale nada
A se concluir que...
Nada pode vir... do nada... porque o “nada” não existe
Ou achas tu que existe um espaço vazio entre "tudo”?
Defintivamente não!
Do plasma quântico a ser a "matéria escura"
(A estar em tudo e a não deixar nenhum vácuo no universo)
Que nada mais é que também "energia escura condensada"
Tais como as nuvens que são, em su'essência, água evaporada
... a habitar [agora] no espaço aéreo da terra
D'àquelas que antes eram rios... mares... lagos...
Nada vem do nada (nada, cois’alguma)
E tudo volta... para o tudo
Tudo... tudo... tudo...
E a viagem prossegue...
05/12/2022
IMAGENS: INTERNET E FOTOS POR MIM TIRADAS E UMA DESENHADA POR MINHA FILHA QUE EU MUITO A AMO
MÚSICA: Tibetan Healing Mantras - Drukmo Gyal - Green Tara
https://www.youtube.com/watch?v=G6oo7kXy9u0