Não temos todo o tempo do mundo
O que a gente faria se soubesse o nosso prazo de validade?
Quanta correria pela ânsia de viver mais, experimentar o máximo de coisas e experiências…
O que seriam dos nossos dias, se cada espaço de tempo fosse ocupado com coisas que nos fizessem sentir vivos e desfrutando do tempo que temos?
Uma loucura de segundos bem aproveitados com frios na barriga, sorrisos e boas recordações - que nem teríamos tanto espaço para sentir saudade.
Confesso que me perderia no tempo, iria pensar em fazer tantas coisas e acabaria com meu lápis e papel na mão, escrevendo para a posteridade e tentando deixar a minha marca no mundo, como Frantz Fanon (que em 10 anos deixou a sua marca no mundo com uma produção fantástica, com o seu pequeno prazo de validade de 36 anos).
Mas não é assim, a gente simplesmente vive na ansiedade do que temos que fazer para a semana que vem, com saudade dos pés na lama da infância e sem tempo pra dar conta de tudo enquanto vagamos pelo hoje.
Existe uma catástrofe iminente entre os que querem aproveitar a vida, mas também entre os que sacrificam o próprio sangue, suor e lágrima para estar vivo e fazer viver.
E não se fala sobre prazo de validade.
Não temos tempo para pensarmos sobre isso!
Mesmo sabendo que não temos todo o tempo do mundo...
É vida, apenas.